segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Engarrafamentos, atrasos e prejuízos

Jornal da Paraíba
Assim como milhares de pessoenses que vivem no corre-corre para chegar no horário ao local de trabalho, a funcionária pública Rilda Araújo atribui os constantes atrasos ao congestionamento de quase todas as manhãs.

     Moradora do bairro de Mangabeira, ela precisa sair com pelo menos 30 minutos de antecedência para fazer o trajeto e chegar a repartição às 8h. Mas não são raras às vezes que ele chega depois do horário. “O ponto de maior engarrafamento do meu percurso, onde se gasta um tempo enorme, é o viaduto da saída do José Américo. Quando tem acidente (o que é comum), tudo fica parado mesmo. É muito complicado”, cita.

     O trecho citado pela funcionária pública tem sido cenário de caos nos horários de pico. Para minimizar os problemas de congestionamento no local, a equipe de planejamento da Superintendência de Transportes e Trânsito de João Pessoa (STTrans) sugere a construção de uma nova rotatória. A obra está em processo de licitação e deve ser iniciada já no próximo ano. O diretor de trânsito do órgão, Pablo Fragoso, explica que o projeto deve resolver, pelo menos temporariamente, a situação.

     A tendência é que o volume de veículos nas ruas aumente a cada ano. A realidade que se vê nas ruas, com motoristas brigando pelos espaços, é confirmada pelas pesquisas. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na última terça-feira mostra que 38,7% das famílias paraibanas tem pelo menos um carro ou moto na garagem, número que coloca a Paraíba na terceira colocação entre os estados do Nordeste com o maior percentual de domicílios em que existe, no mínimo, um veículo.

Segundo dados do Detran-PB, a frota do Estado até agosto deste ano era de 670 mil automóveis. O crescimento médio anual corresponde a 10%, sendo que João Pessoa e Campina Grande são os municípios que detém a maior parcela de veículos em circulação na Paraíba. O Ipea divulgou ainda o tempo gasto pelos brasileiros no percurso de casa para o trabalho. Um total de 68,4% das pessoas gastam até 30 minutos, enquanto 22,2% consomem entre 30 e uma hora para completar esse trajeto. Um número bem menor (7,6%) leva de uma a duas horas, e 1,8% gasta mais de duas horas.  (JS)

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