quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

SP lança primeiro ônibus a hidrogênio

Viva Cidade
Primeiro ônibus movido a hidrogênio da America Latina
    Sorocaba - A capital paulista foi o local escolhido para o lançamento do primeiro ônibus movido a hidrogênio da América Latina.
    Após 5 anos de pesquisas desenvolvidas pelo PNUD, Ministério de Minas e Energia, Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o ônibus verde foi lançado no dia 16 de dezembro.
    Sua viagem inaugural teve um percurso de 10 quilômetros de ida e volta entre os terminais Jabaquara, na zona sul da capital paulista, e Diadema, cidade da região metropolitana.
    A principal vantagem do ônibus movido a hidrogênio é ser um meio de transporte verde, que não libera poluentes. Em São Paulo, o único outro exemplo são os trólebus (ônibus elétricos).
    Com a implementação do projeto, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Japão e Alemanha formam o seleto grupo de países que dominam a mencionada tecnologia limpa.
    O veículo terá a mesma tarifa de um coletivo normal e outros três coletivos similares circularão em 2012.

Registro de multas por falta de cinto de segurança cresce 45% em 2010

Jornal de Brasília
O desprezo pelo cinto de segurança aumenta o número de multas em relação ao ano de 2009
    Único acessório de um veículo capaz de diminuir em 50% o risco de morte em um acidente, o cinto de segurança é desprezado por motoristas e passageiros, principalmente os que sentam-se no banco traseiro do veículo. Até o dia 20 deste mês, o número de multas pela não utilização do dispositivo aumentou 45%, em relação a todo o ano de 2009, segundo o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran). Este ano já foram 48.782 registros, contra 33.598 de 2009.
    Essa foi a segunda infração mais cometida pelo condutor do Distrito Federal, atrás somente de avanço de sinal vermelho. No entanto, a falta de cinto é verificada por agentes do Detran-DF ou da Polícia Militar (PMDF), enquanto o desrespeito aos semáforos, em maioria, é registrado pela fiscalização eletrônica.
    De acordo com o diretor de Segurança no Trânsito do Detran-DF, Silvain Fonseca, os percursos curtos constumam ser os mais arriscados. Neles, motoristas e passageiros optam por não colocar o cinto. ''Somente neste fim de semana, próximo a um condomínio residencial, a cada dez carros parados, quatro tinham ao menos uma pessoa sem o equipamento de segurança. As pessoas acham que (um acidente) nunca vai acontecer com elas'', analisa.

Campanha 'Álcool e Velocidade' será exibida até março de 2011

Portal Nacional de Seguros
Após a realização da pesquisa ''A balada, o carona e a Lei Seca'', em 2009, Denatran idealiza a campanha ''Álcool e Velocidade''
        A campanha ''Álcool e Velocidade'', exibida a partir de 23 de dezembro, será veiculada até março de 2011 em rádio, televisão, mobiliário urbano e mídia em bares. Idealizada pelo Denatran/Ministério das Cidades, seu objetivo é provocar uma reflexão sobre atitudes imprudentes no trânsito, como dirigir após a ingestão de bebida alcoólica e não respeitar os limites de velocidade das vias.
    Dados do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) constatam que o excesso de velocidade é a infração mais cometida por veículos fora do estado de emplacamento. Tanto que o Renainf, coordenado pelo Denatran, registrou de janeiro 2004, quando o sistema começou a ser implantado no País, até julho deste ano 22.780.514 infrações de trânsito, sendo que desse total 9.834.097 foram por excesso de velocidade.[3]
    A pesquisa ''A balada, o carona e a Lei Seca'', realizada pelo Denatran em 2009, com jovens de 15 a 17 anos, revelou que 84,9% dos jovens conhecem a Lei Seca e 88,5% defendem a proibição de beber antes de dirigir. No entanto, 55% dos entrevistados afirmaram que já retornaram para casa de carona com um condutor que havia ingerido bebida alcoólica.

Álcool e imprudência dão o tom no trânsito

Diário do Pará
Conforme acontecem as festividades de fim de ano, também surgem as imprudências devido ao consumo excessivo do álcool

    Os excessos e a euforia das datas comemorativas de fim de ano fazem com que as pessoas esqueçam um pouco da responsabilidade e deixem a prudência de lado. Somente no final de semana do Natal, foram registrados 257 acidentes pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Destes, 33,4% foram acidentes de trânsito, envolvendo carros, motos e atropelamentos.
    Segundo o coordenador do Samu, José Guataçara, esses dados revelam um acentuado crescimento no número de acidentes comparado com finais de semana comuns, onde a média chega a 150.
    ''Final do ano sempre os acidentes são mais constantes. Pois é nesse período que a fiscalização é menor e a prudência também''.
    Ainda segundo os dados do Samu, cerca de 44% desses acidentes é com motocicletas, interligados a falta de atenção, bebidas alcoólicas e ausência de equipamentos. ''Esse número se eleva ainda mais por causa das motos. Na noite de Natal, elas (motos) foram as principais causadoras dos acidentes'', comentou o coordenador.
    Mais de 90% dos acidentes que aconteceram na capital estão ligados à imprudência, falta de atenção, excesso de velocidade e consumo de bebidas alcoólicas. Segundo o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran-PA) essa combinação é a causadora dos acidentes mais graves registrados durante as festividades.

    ÁLCOOL
    ''A consumação do álcool aumenta junto com a essência das festividades, o que reflete no aumento da imprudência'', comenta o coordenador de operações do Detran, Valter Aragão.
    Um caso que remete ao consumo exagerado de álcool foi o acidente que vitimou duas e deixou quatro pessoas em estado grave, todas da mesma família, no último sábado, 25.
    O acidente que aconteceu na noite de Natal, na avenida Gentil Bittencourt, teve o seu desfecho com a morte de uma criança de 3 anos e uma mulher de 44 anos. Todos marcados pela imprudência de um motorista que apresentava sinais de embriaguez no momento do acidente.
    De acordo com Aragão, a maioria dos acidentes acontecem a partir da quinta-feira após as 22h. ''No momento em que o condutor se vê praticamente sozinho na rua é quando ele comete mais imprudências''.
    PRF coloca 430 agentes nas rodovias a partir de 5ª
    Amanhã, a Polícia Rodoviária Federal inicia a Operação Ano Novo e vai reforçar novamente a fiscalização nas rodovias federais no Pará, principalmente na BR-316, que dá acesso a diversos clubes na Região Metropolitana de Belém e aos principais balneários do Estado. Ao contrário do Natal, no Réveillon a movimentação tende a ser maior nas rodovias, em sua maioria, com destino ao litoral.
    A operação se estenderá até a meia-noite de domingo, 2 de janeiro de 2011, visando a prevenção de acidentes e o aumento da segurança nas rodovias no final de semana da virada do ano. No Estado do Pará, 430 policiais se revezarão em regime de escala de 24 horas nas ações de fiscalização de trânsito e policiamento nas rodovias.
    Do total de acidentes registrados nas rodovias federais no Pará, 70% deles ocorrem na BR-316, sendo que no perímetro entre os quilômetros 0 e 20 (Benevides) acontecem mais de 60% dos acidentes registrados nessa rodovia, o que requer maior atenção nas ações de fiscalização de trânsito.
    Para intensificar a presença da PRF nesse trecho da BR-316 serão implementadas equipes extras, com o deslocamento de agentes de postos localizados em rodovias com menor fluxo de veículos. As equipes de fiscalização farão uso de bafômetros para coibir os excessos que possam provocar acidentes.
    Os dados estatísticos da PRF revelam que a falta de atenção é a principal causa dos acidentes, contribuindo para cerca de 50% do total. Outra causa frequente é a não observação da distância de segurança entre os veículos em deslocamento na via, o que contribui para cerca de 16% dos acidentes, principalmente no perímetro urbano da BR-316, onde frequentemente ocorrem congestionamentos devido ao grande fluxo de veículos.
    Outros fatores contribuintes para acidentes de trânsito são: desrespeito à sinalização, ultrapassagem indevida, ingestão de álcool e excesso de velocidade.

Homens são as principais vítimas de acidentes de trânsito

Correio do Estado
Em período de festas de fim de ano aumenta a movimentação nas rodovias e os homens são principais vítimas nesse tipo de desastre

    Em período de festas de fim de ano aumenta a movimentação nas rodovias de todo o País e, conseqüentemente, sobe o número de acidentes de trânsito. Os homens são tradicionalmente as principais vítimas nesse tipo de desastre.
    O assunto é tratado como problema de saúde pública, já que no Brasil o acidente de trânsito é uma das principais causas de morte entre os homens de 20 a 24 anos. Por esta razão, com a proximidade do feriado de Ano Novo, o Ministério da Saúde lança um alerta a toda a população, mas em especial aos homens que vão pegar estrada neste Reveillón.
    O diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, José Luiz Telles, explica que um dos grandes perigos é o consumo de álcool antes de dirigir. ''O primeiro alerta que nós fazemos é o consumo de álcool. Isso realmente afeta a direção, afeta os reflexos e o consumo de álcool está na grande maioria dos acidentes associado; segundo, são os homens que se arriscam mais,que se expõe mais aos perigos, são mais ousados na direção, portanto, pensar em se cuidar, o cuidado nas estradas, o cuidado na direção é essencial para que as pessoas possam passar esse final de ano muito bem.''
    Mudar esse antigo hábito que os homens têm de arriscar mais a própria vida é um dos objetivos da Política Nacional de Saúde do Homem, lançada ano passado pelo governo federal. Segundo José Luiz Telles, a idéia do Ministério da Saúde é mudar essa tradição prevalente no Brasil de que apenas a mulher precisa se cuidar.
    ''O principal mote da campanha trata de que homem que é homem se cuida. Portanto, nós estamos trazendo uma cultura de auto-cuidado, uma preocupação com sua própria vida, coisa que não é comum entre os homens.''Além do Brasil, a violência no trânsito está entre as questões de saúde pública relacionadas à população masculina que mais preocupam países como Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. De acordo com o Ministério da Saúde, a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Segundo o governo   federal, os homens vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm maior incidência de doenças do coração, câncer e diabetes.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

STJ decide suspender processos sobre bebida ao volante

Folha de S. Paulo

O Superior Tribunal de Justiça suspendeu por tempo indeterminado todos os processos em segunda instância que questionam as provas obtidas para condenar um motorista por dirigir bêbado.

A medida foi adotada após duas decisões opostas terem sido tomadas por duas turmas do próprio tribunal.

Em outubro, a 6ª turma decidiu trancar uma ação penal contra um motorista de São Paulo que se recusou a se submeter ao bafômetro.

Os ministros entenderam, na ocasião, que não havia como provar que ele havia violado a legislação.

Como a Lei Seca determina uma quantidade específica de álcool para caracterizar o crime (seis decigramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões), o teste foi considerado imprescindível.

A legislação anterior não citava uma quantidade específica de álcool para a configuração de crime, falava apenas em dirigir "sob a influência de álcool" e expor uma outra pessoa a risco.

Já em dezembro, a 5ª turma do STJ, com outra composição de ministros, decidiu o contrário e negou habeas corpus a um motorista do Rio Grande do Sul que se recusou a passar pelo bafômetro, mas teve a embriaguez constatada em exame clínico.

Segundo o perito que o examinou, ele tinha "vestes em desalinho", "discurso arrastado", "hálito alcoólico", "marcha titubeante", "reflexo lento" e "coordenação muscular perturbada".

Para uniformizar o entendimento, o STJ decidiu que caberá agora à 3ª seção, que tem ministros das duas turmas, decidir sobre o tema, em um caso específico no Distrito Federal com data ainda indefinida.

Levantamento publicado pela Folha em setembro do ano passado, feito na Justiça estadual do país inteiro, mostrou que 80% dos motoristas que se recusaram a passar pelo bafômetro ou fazer exame de sangue acabaram sendo absolvidos por falta de provas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Engarrafamentos, atrasos e prejuízos

Jornal da Paraíba
Assim como milhares de pessoenses que vivem no corre-corre para chegar no horário ao local de trabalho, a funcionária pública Rilda Araújo atribui os constantes atrasos ao congestionamento de quase todas as manhãs.

     Moradora do bairro de Mangabeira, ela precisa sair com pelo menos 30 minutos de antecedência para fazer o trajeto e chegar a repartição às 8h. Mas não são raras às vezes que ele chega depois do horário. “O ponto de maior engarrafamento do meu percurso, onde se gasta um tempo enorme, é o viaduto da saída do José Américo. Quando tem acidente (o que é comum), tudo fica parado mesmo. É muito complicado”, cita.

     O trecho citado pela funcionária pública tem sido cenário de caos nos horários de pico. Para minimizar os problemas de congestionamento no local, a equipe de planejamento da Superintendência de Transportes e Trânsito de João Pessoa (STTrans) sugere a construção de uma nova rotatória. A obra está em processo de licitação e deve ser iniciada já no próximo ano. O diretor de trânsito do órgão, Pablo Fragoso, explica que o projeto deve resolver, pelo menos temporariamente, a situação.

     A tendência é que o volume de veículos nas ruas aumente a cada ano. A realidade que se vê nas ruas, com motoristas brigando pelos espaços, é confirmada pelas pesquisas. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na última terça-feira mostra que 38,7% das famílias paraibanas tem pelo menos um carro ou moto na garagem, número que coloca a Paraíba na terceira colocação entre os estados do Nordeste com o maior percentual de domicílios em que existe, no mínimo, um veículo.

Segundo dados do Detran-PB, a frota do Estado até agosto deste ano era de 670 mil automóveis. O crescimento médio anual corresponde a 10%, sendo que João Pessoa e Campina Grande são os municípios que detém a maior parcela de veículos em circulação na Paraíba. O Ipea divulgou ainda o tempo gasto pelos brasileiros no percurso de casa para o trabalho. Um total de 68,4% das pessoas gastam até 30 minutos, enquanto 22,2% consomem entre 30 e uma hora para completar esse trajeto. Um número bem menor (7,6%) leva de uma a duas horas, e 1,8% gasta mais de duas horas.  (JS)

Frota de Uberlândia cresce mais que população nos últimos 10 anos

Correio de Uberlândia - MG
Na década, o número de veículos aumentou 84,7%, enquanto a população cresceu 19,7%

Walace Torres
    Em um futuro não muito distante, as máquinas poderão superar os homens e mulheres em Uberlândia. Pelo menos em termos quantitativos. Em se tratando de veículos de duas, três e quatro rodas, o ritmo de crescimento na última década registrou uma aceleração impressionante, se comparada com a evolução da população no mesmo período. Foram quatro vezes mais.
    Dados do Departamento de Trânsito (Detran) de Minas Gerais e da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settran) de Uberlândia mostram que o crescimento da frota veicular do município entre os anos de 2000 e 2010 foi de 84,73%. 

    Nesse mesmo período, a população de Uberlândia cresceu 19,77%, segundo o Censo do IBGE. Há dez anos, a cidade tinha uma frota de 168.121 veículos e uma população de 501.214 habitantes. A relação era de 2,98 habitantes por veículo registrado na cidade. Uma década depois, essa mesma proporção é de 1,92. A frota atual, até dados de novembro, é de 310.585 veículos para uma população de 600.285 habitantes.

    Em relação à frota veicular, a categoria que mais cresceu foi a de motocicletas. Em 2000, havia 12,29 habitantes para cada motocicleta registrada em Uberlândia. Hoje, essa relação caiu pela metade – são 6,5 habitantes por motocicletas. A quantidade de veículos dessa categoria, que abrange além de motocicleta, as motonetas, os quadriciclos, os side-car e os triciclos, mais que dobrou em dez anos. O número saltou de 40.782 para 92.163 unidades, o que representa um aumento de 125,98%.

    Considerando apenas a categoria automóveis, que contempla ainda camionetas e utilitários, o crescimento entre 2000 e 2010 foi de 57,67%. No ano 2000, Uberlândia tinha 4,65 habitantes por automóvel registrado (107.716 no total). Hoje, são 3,53 pessoas por unidade (169.836).
    Cidade precisa reorganizar dos Espaços Urbanos

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

6,5% admitem dirigir após beber

O Dia
Pesquisa em blitz da Lei Seca aponta menor recusa a bafômetro
Rio - Mesmo após serem parados em blitzes da Operação Lei Seca, da Secretaria Estadual de Governo, 6,5% dos motoristas abordados no Rio ainda admitem que voltam para casa dirigindo depois de beber. A constatação é de pesquisa feita pelo Departamento de Enfermagem da UFRJ, que concluiu também que os condutores parados na fiscalização passaram a se recusar menos a soprar o bafômetro.
     O estudo — feito com aplicação de questionário a motoristas abordados, não necessariamente flagrados alcoolizados — verificou que 95% dos motoristas que se submetem ao bafômetro não ingeriram bebida alcoólica. A maioria (38,6%) afirmou preferir pegar um táxi depois de ingerir bebida alcoólica.
     Desde que foram iniciadas, em março de 2009, as operações — às quais 91,7% dos motoristas atribuíram maior segurança do local em que são realizadas — provocaram mudança no comportamento dos condutores. O percentual de recusa a soprar o bafômetro caiu de 12% para 1,4%. O levantamento mostrou ainda que a grande maioria das abordagens foi feita a motoristas homens (80%), entre 20 e 40 anos (66%), solteiros (58%) e com nível superior (67%).
     Do início da Operação Lei Seca, em 19 de março de 2009, até a madrugada de ontem, as blitzes abordaram 343.465 motoristas. No período, 326.041 testes de bafômetro foram realizados, 55.208 motoristas foram multados e 22.756 carteiras de habilitação foram recolhidas. Ao todo, houve 3.392 sanções administrativas e 1.177 criminais.

Mobilidade: Para cada cidade europeia há uma solução à medida

O Público
O segredo está em usar as alternativas disponíveis, adequando-as à realidade de cada cidade.
Por Inês Boaventura, em Malmo
Enquanto Malmo procura uma solução para o estacionamento caótico de bicicletas na cidade, o Funchal recorre aos transportes públicos para acabar com o trânsito provocado pelos veículos de cortesia dos hotéis. Também Vitoria, Bolonha e Génova se destacam pelos avanços conquistados na área da mobilidade.
     São praticamente infinitas as possibilidades ao alcance dos políticos e técnicos europeus para melhorar a mobilidade dos cidadãos, ou, como alguns especialistas optam por chamar-lhe hoje em dia, a sua acessibilidade. O segredo, diz-se de forma praticamente unânime, está em misturar as muitas peças do puzzle disponíveis com ponderação e adequar essa mistura à realidade de cada cidade. Malmo, Vitoria-Gasteiz, Funchal, Bolonha e Génova são alguns dos exemplos com provas dadas e agora premiados.
Malmo - Suécia     Com 420 quilómetros de vias dedicadas, estruturas metálicas nos semáforos para os ciclistas se apoiarem, um sistema que lhes garante prioridade em dezenas de cruzamentos e pequenas estações de serviço - onde podem encher os pneus e realizar reparações simples -, Malmo parece ser uma cidade perfeita para quem anda de bicicleta. Porém, mesmo neste cenário capaz de fazer inveja a ciclistas de todo o mundo há um senão (pelo menos): encontrar um lugar para estacionar a bicicleta nesta cidade sueca é um verdadeiro quebra-cabeças e, por isso, as duas rodas acotovelam-se um pouco por todo o lado.
     Magnus Fahl, que chefia a unidade de tráfego deste município no Sudoeste da Suécia, admite que este é um dos problemas com que Malmo se confronta actualmente, a par da inexistência de um sistema de aluguer de bicicletas que permita aos turistas porem-se na pele dos locais e pedalarem pela cidade fora. Falhas que não impedem que, entre 2003 e 2008, o recurso aos veículos de duas rodas nas viagens dos mais de 286 mil habitantes tenha subido de 20 para 23 por cento.
     Magnus Fahl acredita que este número tem ainda uma margem significativa de crescimento. Para tal contribuirão certamente as numerosas garagens "de grande capacidade e elevado grau de conforto" que, como explica este responsável, vão ser construídas junto às principais estações ferroviárias, criando um total de cerca de 6000 lugares para bicicletas. Exemplo disso é o parque de estacionamento que está a ser feito no centro da cidade e que terá 1000 lugares para parqueamento de bicicletas e (apenas) 400 para carros.
     Um investimento que vem juntar-se a muitos outros feitos nos últimos anos para facilitar a vida de quem pedala, incluindo o presidente de câmara, Ilmar Reepalu, para quem pedalar é uma rotina diária. Nas ruas da cidade foram instalados sensores que garantem aos ciclistas prioridade em cerca de 30 cruzamentos, reduzindo o número de vezes em que são obrigados a parar ou a esperar pelo sinal verde. E as viagens podem ser programadas mesmo antes de se sair de casa, com a ajuda de um mapa em papel da cidade ciclável e de um site em que são sugeridas rotas e comparados os tempos de viagem em bicicleta com aqueles que seriam despendidos em carro particular ou autocarro.

É preciso mais do que reprimir; é preciso reeducação no trânsito

odiário.com
Intensificar ações em nome da convivência harmônica entre motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres. É preciso investir na reeducação no trânsito.
Wilame Prado
    Muita gente diz não gostar de motociclistas. No turbulento trânsito verificado nos horários de pico, a rua vira palco de guerra e, de maneira absurdamente insana, motoristas de carros e motos disputam espaços milimétricos quase à tapa.
    Com suas vantagens, entre elas a agilidade, o ''ganhador'' desta batalha caótica, pelo menos na competição de quem vai chegar primeiro, quase sempre é a moto.
    Quase sempre, diga-se claramente. Isso porque, também é comum encontrarmos motociclistas com suas motos estatelados no chão, agonizando, muitas vezes, ou, no mínimo, sentindo dores lamentáveis por conta de uma perna quebrada, um braço ralado, um tornozelo torcido.
    São muitas as cenas cruéis na guerra do trânsito. Há feridos nesta guerra.
    E, ao contrário do que muitos motoristas pensam, não existem vencedores nessa ridícula luta desumana.
    Com os retumbantes e desanimadores números das estatísticas de trânsito, em que, pelo menos em Maringá, mais de 50% dos óbitos registrados nos últimos três anos são de envolvidos em acidentes de moto, chegou a hora de dar um basta nisso tudo.
    Ao invés de simplesmente multar aquele que não percebeu uma seta queimada, é preciso intensificar as ações em nome da convivência harmônica entre motoristas, ciclistas, motociclistas e pedestres: é preciso investir mais na reeducação no trânsito.
    Começar do zero e repensar o modo como as pessoas se portam frente a uma direção automotiva são atos providenciais para que haja paz nas ruas.
    Para isso, uma das possíveis soluções foi pensada por Carlos Roberto, conhecido por Beto, instrutor de pilotagem defensiva para motociclistas.
    Com apoio do Centro Educacional de Trânsito Honda (CETH), nos últimos anos ele vem encabeçando uma série de campanhas, treinamentos, cursos e palestras que tem como público os motociclistas e que auxilia na conscientização da importância de se pilotar defensivamente.
    Atualmente, circulam pelas ruas de Maringá mais de 50 mil motocicletas. Até o mês de julho deste ano, das 3.503 vítimas atendidas em acidentes no município pelo Siate, 2.838 (81%) se feriram em acidentes envolvendo motocicleta. Diante desses números assustadores, Beto considera de extrema importância investir em ações de reeducação no trânsito, principalmente para os motociclistas. Para ele, a campanha Tolerância Zero é válida, mas diz que só isso não basta.
    ''Na campanha preventiva que fizemos em Cianorte, que em 2008 era uma das cidades que tinha o trânsito mais violento do Paraná, conseguimos reduzir consideravelmente os índices de acidente. Outra campanha que surtiu efeitos foi realizada na Cocamar. Em 2008, foram registrados 10 acidentes de funcionários no trajeto entre a casa e o trabalho. Depois da campanha, de sete cursos desenvolvidos no ano de 2009, apenas um acidente foi registrado'', comenta Beto.
    O instrutor, um confesso defensor da classe, diz que não se pode sair por aí acusando os motociclistas de imprudentes. Para Beto, falta mesmo é conhecimento ¿ conhecimento da moto e da maneira correta de se pilotar.
    ''O motociclista tem que ter bons vícios na condução. Para começar, cerca de 99% das pessoas chegam à autoescola já pensando, de forma errada, que sabem pilotar corretamente a moto e, por isso, nem escutam direito o que o instrutor está propondo ensinar. Muitos querem somente a permissão, o quanto antes, para dirigir pelas ruas'', ressalta.

Melhoria na malha de estradas demanda investimentos de R$ 180 bilhões

Valor Econômico
    Responsáveis pela movimentação de 60% dos bens produzidos no Brasil, as rodovias são o principal modal usado por agricultores, varejistas, fabricantes de bens de consumo e de bens de capital para escoar seus produtos.
    Nos últimos anos, as condições das estradas brasileiras melhoraram, mas ainda estão longe de um cenário ideal. Para que o país amplie sua competitividade no comércio internacional, será necessário superar obstáculos e ampliar os investimentos públicos e privados na área. Estima-se que sejam necessários mais de R$ 180 bilhões em recursos nos próximos anos para melhorar a atual malha nacional.
    A última edição da Pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), de junho, aponta que, dos cerca de 90 mil km vistoriados pela equipe da entidade, 14,7% das rodovias são classificadas como ótimas, 26,5% como boas, 33,4% regulares, 17,4% ruins e 8% péssimas. O resultado é bem melhor que o verificado há doze anos: em 1997, mais de 80% da extensão analisada estavam em condições regular, ruim ou péssima para rodagem; em 2010, caiu para 59%. ''Há uma relação direta entre o volume de investimentos e a melhoria das condições da infraestrutura. De 2007 a agosto de 2010, foram investidos R$ 27,7 bilhões na área de transportes, enquanto entre 1999 a 2002 foram investidos R$ 4,15 bilhões'', diz o presidente da CNT, Clésio Andrade.
    Se houve avanços, as estradas brasileiras ainda têm muito espaço para melhorar. Hoje, o Brasil possui 1,7 milhão de km de estradas, mas apenas 12% delas são pavimentadas. O custo do transporte de carga por rodovias, no Brasil, é, em média, 28% mais caro do que seria caso as estradas apresentassem condições ideais de pavimento. As condições inadequadas de boa parte dos trechos rodoviários são um dos elementos que contribuem para a alta taxa de acidentes: entre 2004 e 2009, o número de acidentes em rodovias federais apresentou elevação de 41,7%.
    ''Os custos logísticos estão em cerca de 12% do PIB, com cerca de metade relacionada às condições inadequadas das rodovias, que têm um peso excessivo na nossa matriz de transportes. Estradas esburacadas e má sinalização têm amplo impacto sobre os negócios das empresas, que chegam a ter de trabalhar com estoques maiores por conta das deficiências, o que eleva os custos operacionais'', diz João Araújo, diretor do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos).

Jovens são maioria das vítimas fatais no trânsito

Diário do Grande ABC
Apesar das insistentes campanhas, muitos jovens ainda perdem a vida devido à mistura de álcool ou drogas com a direção de veículos.
por Evandro De Marco
    Levantamentos feitos em São Bernardo e Santo André apontam que a maioria das vítimas fatais em acidentes de trânsito tem idade entre 18 e 29 anos. Os dados preocupam as autoridades, que começam a estudar medidas para tentar inibir o crescimento deste índice.
    De acordo com o delegado de Trânsito de São Bernardo, Gilmar Bessa, dados do Setor de Inteligência da Delegacia Seccional da cidade mostram que, em 2010, ocorreram 47 mortes no sistema viário do município e “70% das vítimas fatais foram pessoas com idade entre 18 e 29 anos.”
    A estatística é corroborada pelo levantamento do DST (Departamento de Segurança de Trânsito) de Santo André. Das 15 mortes em decorrência de acidentes de trânsito no primeiro semestre deste ano, nove estavam nessa mesma faixa etária.
    Para combater este problema, o delegado de São Bernardo convocou reunião com representantes de todas as autoescolas da cidade . O encontro vai acontecer dia 18, na sede da Associação dos Despachantes Documentalistas, na Avenida Armando Ítalo Setti, 61, no Centro. “Precisamos melhorar a formação destes jovens que vão assumir o volante”, diz Bessa. Quem não comparecer corre o risco de não ter a licença renovada no início do ano, alerta o delegado.
    Para conseguir a carteira de habilitação são necessárias pelos menos 20 horas de aulas práticas de direção, além de curso no CFC (Centro de Formação de Condutores). Contudo, Bessa admite falhas no controle do sistema de aulas em que alguns alunos apenas marcam presença com registro da digital no leitor óptico e deixam a autoescola sem o treinamento. “Vamos intensificar a fiscalização”, promete.
    São Bernardo tem mais de 40 autoescolas e, toda semana, cerca de 500 pessoas são submetidas aos testes para habilitação. Cerca de 20% delas são reprovados, média alta para o delegado. “Precisamos de motoristas mais treinados com relação à direção segura.” Outra medida que está em estudo são palestras sobre os perigos do trânsito em escolas do Ensino Médio da cidade.
Álcool e drogas impulsionam índices
    Apesar das insistentes campanhas, muitos jovens ainda perdem a vida devido à mistura de álcool ou drogas com a direção de veículos.
    Em Santo André, segundo levantamento do DST (Departamento de Segurança de Trânsito), 33% dos 20 jovens que morreram em 2009, vítimas de acidentes de trânsito, apresentavam sinais de embriaguez ou de estarem sob efeito de drogas. Um comerciante de 27 anos, por pouco não fez parte desta estatística quando voltava de um bar. “A gente acha que nunca vai acontecer e até pensa que dirige melhor quando bebe. Quase tive que morrer para perceber que estava completamente enganado”, diz o rapaz.
    Outro indício da ligação entre acidentes graves e o consumo de álcool ou drogas é que os casos com vítimas fatais se concentram mais nas noites e madrugadas de fim de semana, das 16h às 24h e das 2h às 6h, segundo dados do DST de Santo André.

Frota de SP cresce 40% em uma década

Destak
Número de veículos na capital cresceu nove vezes mais do que a população da cidade em 10 anos
    Em dez anos, 2 milhões de veículos entraram em circulação na cidade. No mesmo período, a população da capital teve acréscimo bem menor, 225 mil pessoas, segundo os últimos dados do Censo 2010 do IBGE. No período, o número de veículos cresceu nove vezes mais do que o de habitantes.
    Com o crescimento, em janeiro de 2011, a frota de São Paulo será de 7 milhões de veículos, 40% a mais do que em 2000, segundo estimativa do Detran-SP. No mesmo período, o número de habitantes aumentou 2%, passando de 10,4 milhões para 10,6 milhões de habitantes.
    Se as taxas de crescimento continuarem as mesmas, em 2022 haverá aproximadamente o mesmo número de veículos e de habitantes na cidade: 11 milhões.
Motos     As motos tiveram crescimento expressivo na última década: as cerca de 348 mil se tornaram 823 mil, aumento de 136%. Em relação ao ano passado, elas foram as que mais cresceram na frota percentualmente (7,3%). Os carros cresceram 3,2%.
    Para o consultor em engenharia de tráfego e transportes Horácio Figueira, as pessoas compraram mais carros e motos porque preferem enfrentar o trânsito dentro deles do que em ônibus lotados. Segundo ele, os congestionamentos poderiam melhorar se o tráfego fosse melhor organizado, e houvesse a construção de mais corredores de ônibus. ''Os ônibus não têm prioridade viária em São Paulo, ficam no meio dos carros, das motos. E ainda têm que dividir espaço nos corredores com táxis. O poder público precisa definir faixas exclusivas para ônibus'', afirma.
    Figueira reconhece que o Metrô é um ótimo meio de transporte, ''mas a construção dele é muito mais cara do que a de corredores''. ''O Metrô tem de ser algo em paralelo, interligado com trens e corredores de ônibus. Mas essas faixas têm de existir em vias importantes, como as Marginais, a Radial Leste e avenidas onde há demanda'', afirma.
    Ele diz também que seria necessário melhorar as condições dos ônibus. ''Com ar-condicionado, sem gente amontoada. Se as pessoas não vissem os ônibus lotados, e circulando onde precisam, elas iriam testar'', declara.

Estudo mostra uso correto de cadeirinha para crianças em carros

Diário da Saúde
Os carros não foram projetados pensando no transporte das crianças. Os próprios cintos de segurança são idealizados exclusivamente para adultos.
por Isabel Gardenal - Jornal da Unicamp
    Mesmo com os insistentes apelos para o uso dos assentos infantis nos automóveis, tornados obrigatórios pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), esses dispositivos de segurança ainda são pouco empregados no Brasil.
    Desde 2008, programas educacionais vêm conscientizando a população sobre o valor das cadeirinhas ou assentos elevatórios para crianças com até sete anos e meio de idade, por conta de sua segurança.
    Uma pesquisa de doutorado, defendida na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, enfatiza que não basta a sua adoção pura e simples.
    É preciso utilizá-la adequadamente.

Falhas antigas e negligenciadas aumentam riscos de acidentes nas vias do DF

Correio Brasiliense - DF
Erros de projeto em pistas do DF, como a EPTG e o acesso à Ponte JK, aumentam o risco de acidentes, embora sejam de fácil correção

Dickran Berberian, especialista em patologia de estruturas, perto da entrada da Ponte JK: 'Há espaço para avançar as pistas em até quatro metros' (Kleber Lima/CB/D.A Press)
Dickran Berian, especialista em patologia de estruturas, perto da estrada Ponte JK: ''Há espaço para avançar as pistas em até quatro metros"
    O Distrito Federal tem pelo menos quatro pontos onde a frequente ocorrência de acidentes independe da habilidade e da cautela do condutor. Nessas pistas, especialistas apontam erros de projeto, que contribuem para o aumento do risco de colisões. Os motoristas precisam redobrar a atenção ao trafegar em pontos como a Ponte JK, que liga o Lago Sul à Esplanada dos Ministérios, e o viaduto de Taguatinga Centro -onde um carro despencou no último dia 13, na via que liga ao Pistão Sul, causando a morte de três adolescentes. Os problemas que transformam os locais em ímãs do perigo são antigos. As soluções, embora simples, parecem distantes.
    Desde que foi inaugurada, em 2002, a Ponte JK é condecorada pela beleza, mas marcada por acidentes. Ainda que toda a estrutura da terceira ligação entre o Lago Sul e o Plano Piloto tenha custado cerca de R$ 186 milhões - quase cinco vezes a estimativa inicial, de R$ 40 milhões -, ela tem, segundo especialistas, erros de engenharia nos acessos dos dois lados da ponte. Basta observar as paredes do viaduto que divide a L4 e a JK: os guard rails estão amassados, há marcas de pneus e derrapagens até uma altura considerável das paredes da passagem e são muitos os restos de peças quebradas em batidas.
    Segundo Dickran Berberian, especialista em patologia de estruturas e professor de engenharia civil da Universidade de Brasília (UnB), alguns dos fatores que contribuem para o risco são o raio de curvatura inadequado, a inexistência de superelevação - inclinação no extremo da pista que direciona o carro para dentro - e a impermeabilidade do asfalto do local, que não absorve o óleo e deixa a pista mais escorregadia quando chove. ''Essas pistas são criminosas, assassinas'', critica.
    As soluções são possíveis, simples e podem ser executadas em pouco tempo. ''Uma obra rápida poderia consertar a elevação e há espaço para avançar as pistas em até quatro metros, o que suavizaria muito a curvatura'', garante Berberian. ''O que não pode acontecer mais é continuarmos pagando o preço com vidas'', afirma. A Secretaria de Obras do DF, responsável pelo trecho, garante que não há falhas técnicas na pista e que os acidentes costumam acontecer no período chuvoso. Para Berberian, no entanto, a explicação não basta. ''Não deveriam acontecer nunca. Mas a quantidade de marcas no local é prova de que esse não é o único problema.''
    A Estrada Parque Taguatinga (EPTG) também está longe de ter apenas uma falha. As obras que resolveriam os problemas dos mais de 150 mil motoristas que trafegam pela via todos os dias ainda estão em curso, e os acidentes em decorrência da construção não são raros. O perigo também ronda pontos não contemplados pela reforma, como o antigo viaduto da entrada de Taguatinga. O local foi recentemente o marco do fim da vida de três adolescentes e real ameaça ao único passageiro que sobreviveu após o acidente no último dia 12. Todos eram menores de idade e, portanto, não tinham permissão para dirigir.

Trampolim    Um rapaz de 17 anos conduzia um Corsa e perdeu o controle do carro em cima do viaduto. A proteção do trecho elevado é baixa e não impediu a queda de 12 metros, que atingiu um Corolla seguindo na pista de baixo, cujos passageiros tiveram ferimentos leves. O motorista e um passageiro do Corsa morreram na hora. Os outros dois adolescentes foram internados com ferimentos graves. No último sábado, a garota de 14 anos, que estava internada no Hospital de Base, não resistiu. Ela foi enterrada ontem.
    ''As normas para a construção dos muros de proteção dizem que a estrutura deve ser grande o suficiente para que o carro bata na contenção e volte para a pista, e não para servir de trampolim'', diz o especialista em engenharia Dickran Berberian. O Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) foi procurado pelo Correio para explicar as condições do viaduto, mas não retornou as ligações e os recados deixados.

Alcoolduto deve tirar 80 mil caminhões das rodovias por ano

Protefer
Por ano, a ligação terá capacidade de transportar até 12 bilhões de litros de etanol. A previsão de conclusão é para o início de 2013.
    O alcoolduto lançado ontem em Ribeirão Preto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá retirar das rodovias cerca de 80 mil caminhões por ano, de acordo com a Petrobras.
    O maior impacto deve ser visto na ligação entre Ribeirão e Paulínia, a principal do país, que liga um polo produtor a outro distribuidor. A ligação em Ribeirão sairá do terminal da Petrobras e percorrerá 202 quilômetros até o polo petroquímico de Paulínia, na região de Campinas.
    Por ano, a ligação terá capacidade de transportar até 12 bilhões de litros de etanol. A previsão de conclusão é para o início de 2013.
    A obra toda, de Jataí e Senador Canedo, em Goiás, até o porto de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, terá 850 quilômetros e capacidade para transportar até 21 bilhões de litros por ano.
    Em Ribeirão, o álcool será transportado por caminhões das usinas até o terminal, onde será pesado e passará por uma análise de qualidade. Depois, será armazenado em tanques para, então, entrar no duto e seguir o destino.
    Ainda ontem, a Transpetro, subsidiária de transportes da Petrobras, assinou um contrato de US$ 239,1 milhões para a construção de 80 barcaças e 20 empurradores que farão a ligação hidroviária para o escoamento do etanol produzido na região de Araçatuba.
    A carga seguirá pela hidrovia do Tietê até Anhembi, de onde sairá por dutos até Paulínia para se juntar ao alcoolduto de Ribeirão Preto. A obra está prevista para ser concluída até 2015.
    Para o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, a instalação do alcoolduto vai aumentar a rentabilidade da atividade do etanol no Brasil.
    ''Significa que o setor sucroalcooleiro tem, nesse primeiro momento, condições de melhorar sua renda, gerando lucros para os proprietários e renda também para os trabalhadores'', disse.
    A rentabilidade estaria ligada, principalmente, à redução dos custos de transporte do produto.
    Levantamento da direção da Petrobras aponta que, dependendo das distâncias, a redução no custo poderá ser de 50% a 90%.

Vítimas de trânsito somam 47% dos atendimentos hospitalares

Terra
Segundo dados apresentados pela rede de hospitais Sarah, houve um aumento de 2% em relação a 2009
    O número de atendimentos hospitalares à vítimas de trânsito aumentou 2% em relação a 2009, segundo dados apresentados pela rede de hospitais Sarah, durante o III Seminário Denatran de Educação e Segurança no trânsito, que está sendo realizado nesta quarta-feira em Brasília. Em 2009, 45% dos atendimentos eram de vítimas de acidentes e até julho de 2010 esse índice atingiu 47%.
    Outro dado apresentado foi a relação do acidente de trânsito com a falta do cinto de segurança. Segundo a rede hospitalar, no primeiro semestre de 2010, 45% dos condutores de veúclos vítimas de acidentes não estavam utilizando o cinto. Já entre os passageiros do banco dianteiro, 59% das vítimas estava sem o equipamento, número que aumentou para 81% quando se tratavam dos ocupantes do banco traseiro, segundo informações da assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Trânsito.
    Durante o seminário, que discutiu o impacto da violência no trânsito para a saúde pública, a representante da Organização Mundial da Saúde, Mercedes Noemi, afirmou que o setor de saúde deve fazer parte das políticas de segurança de trânsito e que é preciso haver uma melhoria no atendimento pré-hospitalar e no cuidado às vítimas de trânsito. Já para a representante do Ministério da Saúde, Cheila Marina de Lima, o trânsito deve ser tratado como saúde pública e é preciso romper a concepção de que os acidentes não podem ser evitados e prevenidos.

Maringá inclui educação para o trânsito na grade de ensino

Gazeta de Maringá
Professores serão treinados no primeiro semestre e as aulas de educação para o trânsito começam a ser aplicadas em sala de aula a partir de agosto de 2011
                                                                                                                       Hélio Strassacapa

    A rede municipal de ensino vai oferecer a disciplina de educação para o trânsito a partir de 2011. Alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental vão aprender desde cedo as regras de sinalização previstas do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). A iniciativa é uma ideia conjunta entre a Secretaria de Transportes e a Secretaria Municipal de Educação, e faz parte da campanha de conscientização para diminuir a violência em acidentes.
    A preocupação tem motivo claro. Em 2010, já morreram 91 pessoas em acidentes de trânsito de perímetro urbano na cidade, maior marca da série histórica iniciada em 2000 pela Setran.
    Segundo a secretária de educação, Márcia Socreppa, no primeiro semestre os professores da rede serão treinados por uma empresa especializada que dará cursos sobre o tema. A partir de agosto a nova disciplina passa a ser aplicada. ''A intenção é conscientizar já na escola. Isso gera uma discussão com a família. O aluno passa a alertar o pai que está no volante. Tudo começa na educação'', destacou a secretária.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Falta de informação e medo são obstáculos à adoção da bicicleta como meio de transporte

Agência Senado
Outro obstáculo a ser vencido é a chamada ''cultura do carro''
     Além de cobrarem mais incentivos oficiais e a melhora da infraestrutura cicloviária, os defensores do uso da bicicleta como meio de transporte têm outra missão pela frente: convencer as pessoas dos benefícios e da segurança dessa opção, principalmente nas grandes cidades.
     Mesmo ciclistas experientes reconhecem que disputar espaço no trânsito com motos, carros e caminhões não é uma tarefa simples. A maioria, porém, acredita que a situação pode melhorar, por um lado com a criação de mais ciclovias e ciclofaixas, e por outro com campanhas de educação para todos os envolvidos no trânsito.
     "Não vou dizer que é fácil", diz André Pasqualini, que chega a pedalar 100 quilômetros num único dia pelas ruas da cidade de São Paulo. Ele abandonou o carro há quatro anos e, atualmente, usa a bicicleta em praticamente todos seus deslocamentos, de compromissos de trabalho a compras no supermercado.
     - O ideal seria a pessoa poder sair de bicicleta como sai de carro, com informação, se sentindo seguro. Mas acaba virando um ciclo vicioso: a pessoa não sai porque tem medo, e o governo não faz nada porque as pessoas não saem de bicicleta. Então é necessário que as pessoas vão para as ruas, para haver mudança - opina Pasqualini.
     Segundo o cicloativista Renato Zerbinato, morador de Brasília, um problema é que as pessoas não conseguem enxergar a bicicleta como meio de transporte. "Morei em Palmas durante um ano e todo mundo usava a bicicleta. Mas mesmo assim eles achavam que estavam atrapalhando o trânsito", conta.
     Ele acredita que é responsabilidade do poder público divulgar informações para garantir mais segurança não só aos potenciais ciclistas, como também àqueles que já utilizam essa opção para se locomover. Um caso preocupante, para Zerbinato, é o dos moradores de periferias de grandes cidades, que acabam transitando por vias mal sinalizadas e de alta velocidade, sem saber como se comportar para evitar acidentes.
Cultura do carro      Outro obstáculo a ser vencido é a chamada "cultura do carro". Na justificação do PLS 166/2009, o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE) aponta o monopólio do automóvel como um dos principais impedimentos à promoção da bicicleta como meio de transporte.
     "Na verdade, a bicicleta deveria ser o meio de locomoção preferencial para distâncias curtas, de até dez quilômetros. Apenas a cultura de monopólio do automóvel, que lamentavelmente domina na população da maioria das cidades, impede que esse barato e salutar veículo seja usado com mais frequência", argumenta o senador.
     A percepção equivocada de que os automóveis têm algum tipo de privilégio oficial no trânsito causa até situações de conflito. Renato Zerbinato conta que já foi xingado por motoristas que acreditam que "lugar de pedalar é no parque", embora o Código de Trânsito classifique a bicicleta como veículo, assim como os carros.
Outro obstáculo a ser vencido é a chamada "cultura do carro"- É necessária uma campanha de esclarecimento sobre o uso da bicicleta como transporte alternativo e sustentável. Os motoristas precisam entender que, quando pedalo na rua, estou indo trabalhar da mesma forma que eles - diz.
Rodrigo Chia / Agência Senado

SP terá frota de ônibus movido a etanol

Webtranspo
Scania vai produzir 50 unidades do modelo
                                                       Escrito por Redação Webtranspo: Elizabete Vasconcelos

    O etanol acaba de conquistar um novo e importante adepto: o transporte público da cidade de São Paulo. Na manhã desta quinta-feira, 25, a Prefeitura do município, a Scania, a Cosan, a Viação Metropolitana, a SPTrans e a Unica (União das Indústrias de Cana de Açúcar) assinaram um protocolo de intenções para viabilizar a utilização de 50 ônibus movidos com este tipo de combustível na frota paulista.
    Sven Antonsson, presidente da Scania Latin America, destaca que ''esta é uma excelente solução não apenas pelas qualidades ambientais, mas também pela sua viabilidade em relação à disponibilidade do combustível''.
    Para Marcos Jank, presidente da Unica, esta é uma data histórica para o setor sucroenergético brasileiro. ''Trata-se de uma quebra de paradigmas. Temos a certeza que esta ação pioneira servirá como exemplo para que outras cidades do País adotem o uso de etanol em suas frotas de ônibus'', comemora.
    De acordo com a montadora, todos os veículos serão entregues à Viação Metropolitana em maio do próximo ano. ''Os ônibus serão produzidos em nossa unidade de São Bernardo do Campo até abril, quando seguirão para o encarroçamento'', destaca Roberto Leoncini, diretor geral de Vendas e Serviços da fabricante.
    Segundo informações do Grupo Metropolitana, da qual a empresa de transporte faz parte, ao que tudo indica, os modelos serão encarroçados pela Caio. ''Hoje temos 340 veículos. Com esta medida – que demandará um investimento de aproximadamente R$ 22 milhões – vamos substituir 50 modelos movidos a diesel'', destaca Niege Chaves, presidente do Grupo.
Testes    Segundo informações da Scania, a viabilização deste projeto deve-se aos testes realizados desde 2007 que constatam a eficiência dos motores movidos a etanol. De acordo com dados da montadora, com o uso deste tipo de combustível é possível reduzir em até 90% a emissão de CO2 na atmosfera. ''Todo o conhecimento a respeito da tecnologia de motores a etanol adquiridos pela Scania com as análises feitas em São Paulo e Estocolmo, na Suécia – que possui hoje 25% da frota circulante com este tipo de combustível – estão nos veículos que serão disponibilizados neste contrato'', destaca Antonsson.
Frota sustentável    Conforme afirmação do secretário de transportes da cidade, Marcelo Branco, este é o primeiro passo para que toda a frota de ônibus do município seja sustentável. ''Nossa meta é que em 2018 estejamos com nossa matriz de transportes absolutamente limpa''.
    Para que isso aconteça, a prefeitura prevê impulsionar ainda mais o uso de etanol do transporte público além de fomentar a retomada dos tróleibus. ''O etanol será a alternativa para onde a rede elétrica não está instalada''. Valores de investimentos para conquistar estes resultados não foram apresentados pelo secretário.
Questão de saúde pública    Além das questões ambientais, outro ponto bastante ressaltado por todos os executivos na cerimônia de assinatura do protocolo foi o benefício à saúde pública. De acordo com uma pesquisa realizada pelo médico Paulo Saldiva, cujos números foram usados para apoiar a iniciativa da capital paulista, aproximadamente quatro mil pessoas morrem anualmente em consequência de problemas causados pela poluição do ar.
    O custo da poluição para a saúde, somando-se internações, mortalidade e redução da expectativa de vida, chega a US$ 1,5 bilhão de dólares. ''Finalmente entramos em um ciclo benéfico em todas as especificidades. É bom para o setor sucroenergético, para o meio ambiente e para a população'', conclui Jank.

Maringá inclui educação para o trânsito na grade de ensino

Gazeta de Maringá
Professores serão treinados no primeiro semestre e as aulas de educação para o trânsito começam a ser aplicadas em sala de aula a partir de agosto de 2011
                                                                                                                       Hélio Strassacapa

    A rede municipal de ensino vai oferecer a disciplina de educação para o trânsito a partir de 2011. Alunos de 1ª a 4ª série do ensino fundamental vão aprender desde cedo as regras de sinalização previstas do Código Brasileiro de Trânsito (CBT). A iniciativa é uma ideia conjunta entre a Secretaria de Transportes e a Secretaria Municipal de Educação, e faz parte da campanha de conscientização para diminuir a violência em acidentes.
    A preocupação tem motivo claro. Em 2010, já morreram 91 pessoas em acidentes de trânsito de perímetro urbano na cidade, maior marca da série histórica iniciada em 2000 pela Setran.
    Segundo a secretária de educação, Márcia Socreppa, no primeiro semestre os professores da rede serão treinados por uma empresa especializada que dará cursos sobre o tema. A partir de agosto a nova disciplina passa a ser aplicada. ''A intenção é conscientizar já na escola. Isso gera uma discussão com a família. O aluno passa a alertar o pai que está no volante. Tudo começa na educação'', destacou a secretária.

Acidentes de trânsito geram custo de R$ 35 bilhões

Portal AZ
São 500 mil vítimas ficam com algum tipo de sequela.
    O país gasta anualmente R$ 35 bilhões com todo o mecanismo que envolve os acidentes de trânsito. Ao todo, cerca de 500 mil vítimas ficam com algum tipo de sequela. No Piauí os dados também são alarmantes. Em 2009 foram 7.838 acidentes, destes, 3.752 com vítimas, uma aumento de 6,5% em relação a 2008, de acordo com o Anuário Estatístico feito pelo Detran-PI.
    É para discutir essa situação no Estado e propor soluções que venham a colaborar com a redução de acidentes e principalmente com as mortes no trânsito foi proposta uma audiência pública na Assembleia Legislativa.
    ''Algo precisa ser feito. O Detran faz permanentes campanhas de educação no trânsito. A PRF fiscaliza constantemente as estradas federais, onde acontece o maior número de acidentes. Então onde está o problema? É essa a resposta que queremos e apontar caminhos'', deputado João de Deus (PT).
    Os motociclistas são as maiores vítimas no trânsito. Só em 2009 foram 267 mortos e 2.095 feridos, um aumento em relação a 2008 de 15,6% e 5,4% respectivamente.

Bicicleta é opção para sistemas viários saturados

Agência Senado
Adotada em diversos países com êxito, no Brasil o uso da bicicleta ainda está muito associado à exclusão social.
     Com o agravamento dos problemas de trânsito nas grandes cidades, a bicicleta ganhou importância nas discussões sobre planejamento urbano, como alternativa sustentável de transporte. Além de cidades tradicionalmente conhecidas pelo incentivo ao uso da bicicleta, como Amsterdã (Holanda) e Copenhague (Dinamarca), várias outras, em todo o mundo, têm investido em projetos no mesmo sentido.
     A principal recomendação dos especialistas em transportes para acabar com o estrangulamento no trânsito é o desenvolvimento de sistemas eficientes de transporte público. A bicicleta é considerada uma solução complementar ideal para deslocamentos curtos.
     - Para viagens curtas, nada é mais eficiente do que a bicicleta, por ser mais rápida que qualquer outro veículo nesses casos. Além disso, ocupa pouco espaço enquanto circula e também quando estacionada. E pode ser facilmente transportada em veículos coletivos - explica o professor da Universidade de Brasília (UnB) Paulo César Marques, doutor em Transporte pela Universidade de Londres.
     A bicicleta também pode ser usada como veículo comunitário. Desde 2007, a capital da França, Paris, oferece um sistema chamado Vélib, que mantém cerca de 20 mil bicicletas à disposição da população, em 1.200 estações espalhadas pela cidade. Para incentivar o uso apenas em trajetos curtos, os 30 minutos iniciais são gratuitos, havendo cobrança de 1 euro por cada 30 minutos adicionais.
     Em três anos de funcionamento, o Vélib registrou mais de 80 milhões de viagens realizadas. Sistemas similares foram implementados em cidades como Barcelona (Espanha), Montreal (Canadá), Londres (Inglaterra), Hangzhou (China) e Cidade do México.
Exemplos próximos      Para Paulo César Marques, no entanto, a realidade brasileira é muito específica, o que dificulta a comparação com cidades europeias e asiáticas. Ele cita como exemplo mais próximo o da capital da Colômbia, Bogotá, onde se estima que 350 mil pessoas se desloquem diariamente de bicicleta, utilizando uma malha de 300 quilômetros de ciclovias.
     Em nível nacional, foi instituído pelo Ministério das Cidades, em 2004, o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta (Bicicleta Brasil), que tem, entre outros objetivos, "estimular os governos municipais a implantar sistemas cicloviários", "integrar o transporte por bicicleta aos sistemas de transportes coletivos" e "difundir o conceito de mobilidade urbana sustentável".
     Até agora, porém, os ciclistas não têm percebido mudanças significativas nas cidades brasileiras. "Não vejo nada acontecendo. Existem algumas iniciativas pontuais, como aqui no Distrito Federal, mas não existe uma grande campanha de conscientização ou um grande investimento em infraestrutura", diz Ronaldo Alves, da ONG Rodas da Paz.
     O professor Paulo César Marques, que cita o Rio de Janeiro como um dos poucos exemplos de cidade brasileira que tem se preocupado com a promoção da bicicleta, também destaca a necessidade de mais campanhas.
     - No Brasil, o uso da bicicleta está muito associado à exclusão social e à consequente baixa motorização das camadas economicamente excluídas da população. Por isso, creio que a promoção da mobilidade por bicicleta passa por campanhas que ressaltem a importância de se assegurar a universalização do direito à mobilidade, o que é impossível de ser alcançado com a massificação do automóvel, mesmo se o nível de renda da população crescer a ponto de permitir a toda família ter seu carro.
Rodrigo Chia / Agência Senado

Caminhão de cana se transforma em "vilão" das rodovias

Folha de S. Paulo - Ribeirão
Com excesso de peso, veículos usam acessos ilegais, trafegam em baixa velocidade e provocam acidentes. Dados da Autovias apontam que índice de letalidade é de 8,1% nos acidentes envolvendo caminhões de cana
LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO
     Excesso de carga, uso de acessos ilegais às rodovias, baixa velocidade em razão do peso e motoristas ao volante por longos períodos de trabalho. As reclamações referentes aos caminhões canavieiros são proporcionais aos problemas causados.

Mobilidade urbana: especialistas discutem resultado negativo

O Globo
    "A mobilidade é um direito universal do cidadão''. A afirmação é da arquiteta Fabiana Izaga, membro do Grupo de Trabalho (GT) de Mobilidade Urbana do Instituto de Arquitetos do Brasil no Rio de Janeiro (IAB/RJ), que recebeu sem surpresa a informação de que Niterói é uma das piores cidades do mundo em mobilidade urbana, como evidenciou estudo da Universidade de Brasília (UnB), do urbanista Valério Medeiros, encomendado pelo GLOBO-Niterói, e publicado no último domingo.
    — Niterói teve um crescimento muito rápido, especialmente a partir da década de 70, com a construção da Ponte Rio-Niterói, e hoje ainda continua vertiginoso com a expansão imobiliária. O poder público não acompanhou este movimento com soluções que envolvam um plano de uma malha viária articulada — afirma Fabiana Izaga, que também acredita que a mobilidade não deve ser pensada apenas como transporte rodoviário. — Os governos devem planejar o deslocamento das pessoas, e ele tem que estar baseado numa multiplicidade de alternativas de transporte, como trem, metrô, barcas ou ciclovias.
    Walber Paschoal, professor de Engenharia Civil da UFF e doutor em Engenharia de Transportes pela Coppe/UFRJ, exemplifica um dos gargalos para a mobilidade urbana.
    — Vemos uma insistência da prefeitura nas ações de ''erro e acerto''. Mas para cada tipo de transporte há metodologias isoladas para a realização de análises operacionais e de projetos, e, somado a isto, ainda deve-se levar em conta o planejamento urbano do plano diretor de cada região — afirma o especialista.
    Por meio da assessoria, o presidente da Niterói, Transporte e Trânsito (NitTrans), Sérgio Marcolini, elogia o estudo da UnB e opina sobre a mobilidade na cidade.
    — As ruas são estreitas, pois nosso arruamento é muito antigo, do século XIX. Temos que conviver com esta realidade e, como o autor da pesquisa recomenda, investir em transporte público. Não dá para destruir nossas cidades para os carros passarem. Nem Niterói, nem o Rio, nem Ouro Preto. São cidades difíceis, mas, a mesma topografia que as tornam difíceis, faz delas lugares interessantes, únicos, bonitos — afirma Marcolini.
    Ele não citou, no entanto, medidas concretas que estão sendo tomadas para aliviar o problema. Questionada, a prefeitura de Niterói afirmou que ''o prefeito vai anunciar os projetos no momento oportuno''.

Mais riscos sob duas rodas

Correio Braziliense
Segundo levantamento do DETRAN, em 2009, um terço das colisões com mortes nas vias do Distrito Federal envolveram motociclistas
    As chances de quem trafega de moto nas vias do Distrito Federal se envolver em acidente com morte é quatro vezes maior do que para quem circula em automóvel. Estudo a que o Correio teve acesso com exclusividade revela que as motocicletas estiveram envolvidas em um terço de todos os acidentes fatais ocorridos no DF no ano passado. Vítimas da própria imprudência ou da irresponsabilidade alheia, 134 pessoas perderam a vida em 127 ocorrências envolvendo esse tipo de veículo.
    Os detalhes sobre os acidentes e o perfil dos envolvidos nas batidas estão no Informativo nº 5 do DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO (DETRAN), que acaba de ser concluído e reforça as suspeitas dos dirigentes dos órgãos de que as motos têm feito mais vítimas fatais, enquanto as colisões envolvendo outros veículos apresentam queda. O perfil do motociclista que morre e mata no trânsito traz duas revelações capazes de explicar o crescimento das tragédias: dos 131 motociclistas envolvidos em acidentes fatais, 28, ou 21,4%, não possuíam carteira de motorista. Já entre os 87 motociclistas mortos no local do acidente, 37 foram submetidos ao exame de alcoolemia pelo Instituto de Medicina Legal (IML) e 18 (48,6%) estavam alcoolizados.

Mundo não pode virar as costas para os biocombustíveis

Correio do Brasil
A viabilidade da biomassa como fonte sustentável de combustível líquido
Redação com Agência Fapesp - de São Paulo
    A biomassa é, de longe, a mais viável fonte sustentável de combustíveis líquidos que, por sua vez, continuarão a ser necessários por muito tempo, se não indefinidamente. A afirmação é de uma carta publicada na edição atual da revista Science, de autoria de Lee Lynd, professor da Thayer School of Engineering do Dartmouth College, e de Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp e professor titular da Universidade Estadual de Campinas.
    O texto é uma resposta a reportagem publicada pela mesma revista em sua edição de 13 de agosto, em seção especial sobre energias alternativas.
    De autoria do jornalista Robert Service, a reportagem identifica fatores que contribuiriam para a eventual queda do entusiasmo nos Estados Unidos com relação ao etanol celulósico e observa que decisões políticas adotadas este ano poderão moldar a nascente indústria de biocombustíveis no país por décadas.
    – O principal plano do governo dos Estados Unidos para reduzir sua dependência do petróleo com a produção comercial do etanol celulósico corre grande perigo, o que ressalta as complexas forças técnicas, econômicas e políticas que se contrapõem aos esforços globais para criar alternativas viáveis aos combustíveis fósseis –, disse Service.
    Para Brito Cruz e Lynd, é importante que seja feita a distinção entre ''o fundamental e o efêmero'' e que as políticas tenham como base o que realmente importa, não circunstâncias momentâneas.
    O primeiro ponto, segundo eles, é que combustíveis líquidos continuarão muito requisitados, mesmo em cenário de adoção em massa de alternativas como a eletricidade, por exemplo.
    – As baterias são completamente impraticáveis para a aviação ou para o transporte rodoviário pesado. Mesmo no cenário mais agressivo de eletrificação de veículos leves, os combustíveis líquidos continuarão responsáveis por mais de 50% da energia empregada em transportes nos Estados Unidos –, disseram.
    De acordo com os cientistas, chegar a um setor de transportes sustentável é muito mais viável com os biocombustíveis do que sem eles. E virar as costas para os biocombustíveis envolve riscos substanciais.
    – O mais importante dos próximos passos na área dos biocombustíveis é a produção comercial de etanol a partir de matéria-prima celulósica. A alternativa de converter fontes de açúcares facilmente fermentáveis (principalmente a partir do milho e da cana-de-açúcar) para alimentar outras moléculas além do etanol pode permitir a manutenção da infraestrutura atual, mas contribuiria pouco para nossos maiores objetivos: criar uma fonte de energia sustentável, reduzir as emissões de gases estufa, garantir a segurança energética e promover o desenvolvimento econômico das regiões rurais –, disseram.
    Segundo Lynd e Brito Cruz, o etanol muito provavelmente será o primeiro biocombustível celulósico do mundo, porque é inviável tanto comercializar novas tecnologias para converter a lignocelulose em açúcares como para converter açúcares em combustíveis.
    – Desafios de infraestrutura associados com a distribuição e utilização de etanol são facilmente solucionáveis, como mostra a experiência brasileira, e decididamente menores do que os desafios associados com outras alternativas ao petróleo, como baterias ou o hidrogênio –, destacaram.
    De acordo com os cientistas, a maioria dos fatores mencionados na reportagem em questão é específica para os Estados Unidos, não se aplicando para o Brasil, onde a produção de etanol é maior do que o uso de gasolina, ou o resto do mundo.
    – A comunidade internacional deve tomar muito cuidado para não tomar conclusões negativas a partir dos problemas vividos pelos Estados Unidos, particularmente diante da importância do assunto em questão –, afirmaram.

Falta educação para motoristas

Gazeta do Povo (PR)
Levantamento da Paraná Pesquisas mostra que metade dos entrevistados já sofreu com xingamentos no trânsito de Curitiba e aposta em medidas educativas para combater a violência
por Fabiane Ziolla Menezes
    Pouco mais de uma semana depois que o arquiteto Luiz Henrique Dias, 39 anos, foi agredido com uma barra de ferro na Avenida Marechal Deodoro por um motorista destemperado, um levantamento da Paraná Pesquisas feito com 400 moradores de Curitiba mostra que a maioria acha os condutores da cidade mal educados (60%) e grande parte os considera desrespeitosos com os outros motoristas (42%). Mais. A pesquisa também aponta que quase metade dos habitantes da capital já sofreu alguma forma de humilhação, entre xingamentos (52%) e gestos obscenos (43,5%), que, por vezes, são o estopim para cenas de violência tão frequentes no trânsito de grandes cidades. ''Até o ocorrido eu considerava, de certa forma, normal brigar no trânsito. Hoje em dia não acho. Aliás, tenho dirigido com muito cuidado, medo mesmo de fazer qualquer coisa errada que possa provocar uma briga'', desabafa Dias, que ainda espera uma convocação da polícia para depor sobre o episódio.
    Uma das principais reclamações do arquiteto, além da falta de educação dos motoristas em geral, é a ausência da polícia na rua. ''Demoraram 45 minutos para chegar. Se o cara estivesse armado, eu já estaria morto. Se não fosse pela população – um rapaz que o segurou quando ele [o agressor] tentou avançar pela segunda vez, uma enfermeira que me acudiu até a ambulância chegar e outra pessoa que levou minha esposa, que não tem habilitação, para o hospital – não sei o que seria de mim.''
    Até o fechamento desta reportagem, a assessoria de imprensa da Polícia Militar não informou quantas brigas de trânsito chegam ao conhecimento dos policiais em Curitiba, mas os números de São Paulo, outra grande cidade brasileira, dão um indicativo do problema: uma média de 400 ligações por dia.
    Enquanto os moradores da capital paranaense apontam um conteúdo reforçado de educação no trânsito como antídoto para o combate à violência no meio (48,25%), os especialistas vão além. Para eles, o trânsito tem sido válvula de escape para os problemas das pessoas em geral, o que demandaria soluções mais profundas do que apenas o aprimoramento das aulas na auto-escola. ''A sociedade está em crise, com um sentimento de que falta tempo para tudo, e está descontando toda a sua neurose no trânsito'', opina o professor do curso de Sociologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Lindomar Wessler Boneti.
    O doutor em Psicologia e membro do Conselho Federal de Psicologia da Câmara do Conselho Nacional de Trânsito Fabian Javier Marín Rueda, natural do Uruguai, lembra que muito se investe nas vias públicas no Brasil e pouco na educação no trânsito, que é algo de longo prazo. ''Na Europa, na Finlândia, por exemplo, os índices de acidentes são mínimos porque há 40 anos se investe em uma política de educação no trânsito''.
    Tanto Rueda quanto o especialista em Direito de Trânsito e presidente de uma das Subseções da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), Maurício Januzzi Santos, falam da necessidade de maior rigidez para tirar e manter a carteira de habilitação. ''Em Montevidéu, por exemplo, a prova teórica é bastante rigorosa com relação às leis de trânsito e a prova prática exige comprovação de habilidade para dirigir no centro da cidade e na estrada'', conta Rueda. ''No Brasil, as aulas e o exame atuais não preparam o motorista no sentido da não-violência e do uso racional do carro. Sou a favor, por exemplo, de que o motorista tivesse um histórico registrado em seu nome e que esse histórico fosse avaliado a cada renovação de carteira'', sugere Santos.
Confira alguns depoimentos deixados pelos leitores do blog Vida e Cidadania ao longo da semana:
''Todo dia saio de casa para levar meus filhinhos à escola e minha esposa ao trabalho. O que vejo no trânsito é um grande campo de batalha, muita estupidez e outras coisas do gênero. Daqui a pouco, o Detran vai ter de lançar o serviço de direção com um pacote de defesa pessoal.''Moacyr de Oliveira Monteiro.
''É inevitável não ficar estressado, porém, penso que isso é causado pelo excesso de demanda que frequentemente temos no emprego, faculdade, etc. Algumas pessoas entram no carro e não se desligam dos problemas. Como consequência, ocorre a falta de atenção ao dirigir, que causa todo o tipo de situação. Mas estressar-se apenas nos leva a ter atitudes e comportamentos inadequados e agressivos.''Jader Duvale.
''A grande maioria dos motoristas é mal educada. Não conhece as leis de trânsito, não respeita as leis e muito menos seu próximo. Usa celular em trânsito, não respeita sinalização e circula nas vias equilibrando-se sobre as faixas.''Luiz Carlos Ferencz

Atropelamentos crescem em 2010; média é a pior dos últimos sete anos

Correio Braziliense
O número é mais alto do que o registrado em todo o ano passado, quando 112 perderam a vida.
 Adriana Bernardes
     A cada 20 horas, um acidente fatal é registrado no Distrito Federal. De janeiro a 21 de novembro deste ano, houve pelo menos 378 casos, uma média mensal de 36,4, a pior dos últimos sete anos. Na manhã de ontem, um atropelamento fatal fez aumentar as estatísticas. João Ferreira da Paz, 35 anos, perdeu a vida ao ser atropelado por um caminhão quando tentava atravessar a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), na altura do ParkShopping. Ele morreu a 100 metros da passarela do metrô.
     Dados preliminares do Departamento de Trânsito (Detran) do Distrito Federal mostram que, até outubro, 121 pedestres morreram atropelados. O número é mais alto do que o registrado em todo o ano passado, quando 112 perderam a vida. Em novembro, o maranhense João Ferreira é, pelo menos, a décima vítima. Às 8h10 de ontem, o homem tentava atravessar da Rodoviária Interestadual para a margem do ParkShopping quando foi arremessado no acostamento por um caminhão de linguiça, da empresa Fricó Alimentos, placa NZP-6221, de Goiânia (GO).
     João da Paz carregava uma mala. Policiais militares que atenderam a ocorrência acreditam que ele havia acabado de chegar de viagem quando resolveu atravessar. O motorista do veículo, Claudinei Antônio do Carmo, 28 anos, contou que o pedestre esperava no acostamento quando, de repente, entrou na frente dos carros. “Foi muito rápido e não deu nem tempo de frear. Também não pude desviar porque havia uma carreta ao lado”, disse. João acabou atingido pela lateral do caminhão. Condutor há dez anos, Claudinei garante que mantinha 70km/h. “Não estava em alta velocidade, pois no momento do acidente já havia um trânsito intenso do horário de pico”, disse. Até o fechamento desta edição, a polícia procurava pelos familiares do maranhense.
Vítimas     O número total de vítimas de trânsito — incluindo ciclistas, motociclistas, motoristas e passageiros — também preocupa. Até 21 de novembro, 405 pessoas perderam a vida, média de 38,9 por mês, a segunda mais alta desde 2003 (42,7). Na avaliação do diretor geral do Detran, Francisco Saraiva, o ano foi atípico. “Tivemos a Copa do Mundo, dois turnos de eleições e uma grande quantidade de eventos na cidade. Com isso, tivemos que nos dividir para cobrir parte dos eventos e faltou gente para fazer a fiscalização. Sem contar que, com Copa do Mundo e eleição, as pessoas beberam mais e acabaram pegando o volante.”
    A falta de investimento do Detran em campanhas educativas também é apontada por Saraiva como um dos fatores que contribuíram para o aumento dos acidentes. Desde novembro de 2009, o órgão de trânsito não promove esse tipo de ação porque não conseguiu contratar empresas de publicidade. Primeiro, o Tribunal de Contas apontou falhas no processo de licitação. Quando ele finalmente foi liberado, houve mudança na lei de contratação das empresas de publicidade e o processo teve que ser refeito. Logo em seguida, vieram as eleições e a proibição de se contratar esse tipo de serviço.
Colaborou Naira Trindade

Brasil é o último colocado em ranking de transporte

Agência Estado
Levantamento da CNI selecionou 14 países com características econômico e sociais semelhantes às do Brasil e que tenham participação no mercado internacional
     O esforço feito pelo governo federal nos últimos anos, como a criação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ainda não foi suficiente para garantir a melhora da infraestrutura brasileira. Pelo contrário: o País lidera a lista das piores estruturas de transporte e logística entre seus concorrentes, mostra levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
     O trabalho selecionou 14 países com características econômico e sociais semelhantes às do Brasil e que tenham participação no mercado internacional. Foram avaliados os setores de transportes energia e telecomunicações de todas as nações. No geral, o País ficou com a terceira pior colocação, à frente apenas de Colômbia e Argentina.
     Mas, no item transportes, ninguém desbancou o Brasil. "Além da qualidade da infraestrutura, a grande deficiência do setor é a falta de conexão entre as diversas modalidades", diz o diretor executivo da CNI, José Augusto Fernandes, coordenador do estudo sobre competitividade, que será apresentado quarta-feira a 2 mil empresários, no Encontro Nacional da Indústria, em São Paulo.
     Dentro do setor, a infraestrutura portuária teve a pior classificação. A qualidade da infraestrutura ferroviária também rendeu uma posição ruim para o Brasil, que ficou na penúltima colocação.
     Nesse caso, explica o executivo da CNI, o que mais pesou foi o tamanho da malha nacional, de apenas 28 mil quilômetros (km). Além disso, o transporte ferroviário é concentrado em poucos produtos: só o minério de ferro representa 74% da movimentação total das ferrovias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ministério Público Federal entra com ação contra transporte escolar inseguro

PB Agora
O MPF pede que a Justiça Federal determine em liminar que o estado inspecione todos os veículos empregados no transporte escolar público na Paraíba
    O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública com pedido de liminar contra a União, o estado da Paraíba e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para eliminar o transporte escolar público inseguro no estado. A ação, ajuizada em 19 de novembro de 2010, é assinada pelo procurador da República Duciran Farena.
    Na ação, o MPF pede que a Justiça Federal determine em liminar que o estado inspecione, por intermédio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB), no prazo de 100 dias contados da decisão, todos os veículos empregados no transporte escolar público na Paraíba, à exceção dos municípios de João Pessoa e Campina Grande.
    Tal inspeção deve verificar a adequação do veículo às normas de trânsito, aplicando as penalidades previstas na legislação, até mesmo a de apreensão, caso constatado o uso de veículos inseguros ou inadequados para o transporte de pessoas, bem como realizando novas e periódicas inspeções. As medidas adotadas devem ser comprovadas em juízo também em 100 dias.

Brasil é 5º país em vítimas fatais em acidentes no trânsito

Bandnews
Ranking de uma triste constatação
                                                                                                         Divulgada no Bol Vídeos

Na terceira reportagem especial sobre o trânsito nas cidades brasileiras, uma triste constatação: o Brasil ocupa o quinto lugar, no ranking dos países onde mais pessoas morrem, vítimas de acidentes. Em Curitiba, mães lutam por Justiça, para os filhos que foram vítimas da violência no trânsito.

Clique para acessar a matéria na íntegra: http://videos.bol.uol.com.br/#view/brasil--5-pas-em-vtimas-fatais-em-acidentes-no-trnsito-04021A3472C8B97307&tag/4962

Velocidade tem de ser compatível com a qualidade da rodovia, afirma especialista

Zero Hora (RS)
Limite na BR-101 passará a ser de 110 km/h
    O aumento do limite de velocidade na BR-101, de 80 para 110 km/h, provoca discussões e divide opiniões entre especialistas em segurança viária. O professor do Laboratório de Sistemas de Transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), João Fortini Albano, defende a medida e critica uma suposta cautela dos governantes para efetivarem as mudanças.
    — Sou a favor. Todos os padrões geométricos, tanto da BR-101, quanto da freeway, mostram que há compatibilidade. Há anos que os governos gaúchos têm uma grande cautela com o aumento de velocidade. Construir estradas boas e reduzir a velocidade é um retrocesso — critica.
    Além das boas condições da rodovia, outro fator que engrossa a opinião do especialista é o comportamento dos motoristas diante de uma rodovia bem pavimentada e espaçosa.
    — Não adianta tu limitares a velocidade a 80 km/h, porque o condutor que estiver na rodovia vai sentir que pode andar mais, e vai desenvolver uma velocidade maior. Com isso, vamos aumentar o número de multas e vai aumentar a revolta dos motoristas — explica.
Aumento de acidentes é temido por outros especialistas    Especialistas em trânsito no Estado ouvidos por ZH são cautelosos sobre o aumento do limite de velocidade em rodovias. O titular da Divisão de Crimes de Trânsito da Polícia Civil, Gilberto Montenegro, entende que a medida pode gerar mais acidentes.
    — Se com menos velocidade já ocorrem acidentes, imagina com mais velocidade. Isso não vai melhorar o fluxo, vai é causar mais acidentes. O que tem de melhorar é construir mais estradas — afirmou.
    Titular do Comando Rodoviário da Brigada Militar, com especialização e pós-graduação na área de trânsito, o coronel Edar Borges Machado considera que tanto a BR-101 quanto a freeway são compatíveis com as velocidades máximas atuais. Para ele, a velocidade pode não definir o número de acidentes, mas, sim, a gravidade deles.
    Chefe da Comunicação da Polícia Rodoviária Federal, Jorge Nunes salienta que para operar a mudança é preciso um estudo aprofundado. Questões como largura de faixas e de pontes e o traçado das vias têm de ser levadas em conta. Desde o início do ano, pelo menos 21 pessoas morreram em acidentes na BR-101.
No país     Trechos de algumas rodovias brasileiras que permitem limite máximo acima dos 100 km/h:
- Bandeirantes (São Paulo-Cordeirópolis) – 120km/h
- Castello Branco (São Paulo–Itu) – 120 km/h
- Washington Luis (São Carlos– Mirassol) – 110km/h
- Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte) – 110 km/h

Legislação rigorosa não impede altos índices de infrações no trânsito

Jornal da Band
O Código de Trânsito Brasileiro é um dos mais modernos e rigorosos do mundo.
     Há 12 anos o novo código entrava em vigor. No primeiro ano da nova legislação, o número de acidentes com vítimas baixou de 113 para dez mil veículos, para 88.
     Entretanto, a mudança durou pouco, no ano seguinte os números voltavam ao mesmo patamar. Cento e dezesseis para cada dez mil.
     Entre as normas estabelecidas, o cinto de segurança no banco da frente é uma das leis bastante respeitadas pelos motoristas. No entanto, a atitude não se repete no banco de trás.
     Mesmo com dados estatísticos comprovando que o cinto previne em 75% o número de mortos, pouca gente ainda se lembra quando não está na frente. Outra regra pouco respeita é respeitar a faixa de pedestres, que podem render multa de cerca de R$ 85 e quatro pontos na carteira. Nem a punição impede que a regra seja descumprida.
     Para o advogado Sérgio Aizemberg, especialista em trânsito, a fiscalização rigorosa é uma das saídas para reduzir o desrespeito às leis. Aizemberg acredita que as pessoas cometem infrações porque acreditam na impunidade.
     São Paulo é a cidade com maior número de radares do país. Mesmo assim, de cada 17 mil infrações cometidas no ano, só uma será punida com multa. O dado é resultado de uma pesquisa feita para a Associação Brasileira para a Medicina do Tráfico.
     Além disso, o estudo comprovou que se todas essas infrações fossem punidas, o motorista perderia a habilitação – devido ao número de pontos perdidos – em apenas oito minutos.
     O motorista que perde o direito de dirigir deve passar por um curso de reciclagem, que inclui, aulas de cidadania.

I Festival Temático de Trânsito premia estudantes da Capital

MS Notícias
Evento realizado pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) e pela Superintendência de Polícia Rodoviária Federal
    O ''I Festival Temático de Trânsito de Mato Grosso do Sul'' entregou prêmios aos estudantes que se destacaram na apresentação das peças teatrais, durante o ano. Com 39 escolas inscritas, 16 selecionadas para grande final, foram entregues 24 notebooks, 12 máquinas fotográficas digitais, 12 celulares, bolas e jogos de coletes, além de troféus, medalhas e certificados.
    Durante a premiação, que aconteceu na sexta-feira (3), na Concha Acústica da Praça do Rádio, participaram mais de 600, entre estudantes e representantes das escolas. Foram premiados a melhor torcida, o melhor espetáculo, o ator, a atriz, o figurino, o cenário, a sonoplastia e melhor texto inédito.
    Os jurados destacaram a qualidade das peças apresentadas. ''Esta realização demonstra que o teatro é um excelente aliado da educação de trânsito porque oferece a chance de sensibilizar, informar e transformar comportamentos'', comentou o superintendente da PRF, Valter Favaro.
    Para a diretora de Habilitação e Educação de Trânsito do Detran-MS, Elizabeth Félix, o Fetran tem o objetivo de inserir o tema trânsito nas escolas, através do viés lúdico, sem perder de vista os objetivos principais de conscientização e sensibilização dessa parcela tão importante da sociedade que são as crianças e adolescentes. ''Mais do que futuros condutores, os estudantes já são inseridos no trânsito'', afirma Elizabeth Félix.

Câmeras contra atropelamentos

Portal Autoesporte
Veículos equipados com câmeras de ré
     A partir de 2014, todos os veículos vendidos nos Estados Unidos deverão ser equipados com câmeras de ré. A decisão foi tomada pelo governo norte-americano com base em dados do departamento de trânsito local que apontam a morte de cerca de 300 pessoas e o ferimento de outras 18 mil todos os anos em manobras de ré. A maior parte das vítimas são crianças e idosos, que, em 70% dos casos, são atropeladas acidentalmente pelos próprios parentes.
    No Brasil, as estatísticas não são tão específicas, mas os dados mais recentes do Denatran mostram que 59.405 atropelamentos foram registrados em todo o país em 2008. Vocês acham que as câmeras podem, mesmo, reduzir o número de fatalidades desse tipo? Que outros equipamentos ou medidas seriam úteis para diminuir a quantidade de atropelamentos?

Renata Viana de Carvalho 

48% dos mortos no trânsito são pedestres

eBand
Pedestres continuam sendo as principais vítimas do trânsito na cidade, apesar dos esforços
                                                                                                        Ariel Kostman, do Metro
    Apesar dos esforços da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que investe na redução do limite de velocidade e na instalação de grades para que a travessia dos paulistanos ocorra em locais mais seguros, os pedestres continuam sendo as principais vítimas do trânsito na cidade.
    Segundo o Relatório de Acidentes de Trânsito de 2009, 671 (48,5%) das 1.382 pessoas mortas em acidentes no ano passado foram atropeladas. Em segundo lugar aparecem os motociclistas, que respondem por 31% dos óbitos (428). Motoristas e passageiros estão em terceiro lugar, com 16,1% (222 pesssoas).
    No geral, em 2009, houve queda de 5,5% no número de mortes em relação a 2008. O único grupo em que não houve redução foi o de pedestres.
    ''Motociclistas e pedestres são os mais vulneráveis no trânsito'', afirma a superintendente de Segurança da CET, Nancy Schneider. Além disso, falta cuidado para quem anda a pé. Levantamento do órgão de trânsito aponta que 63% das vítimas estavam fora da faixa de pedestres e 11% dividiam a pista com os carros. Em compensação, 14% foram atropelados na faixa, 3% no canteiro central e 9% na calçada.
    O relatório revela ainda que as motos estão envolvidas em três de cada cinco colisões com mortes na cidade, embora representem apenas 12% da frota.