Correio Braziliense
O número é mais alto do que o registrado em todo o ano passado, quando 112 perderam a vida.
Adriana Bernardes
A cada 20 horas, um acidente fatal é registrado no Distrito Federal. De janeiro a 21 de novembro deste ano, houve pelo menos 378 casos, uma média mensal de 36,4, a pior dos últimos sete anos. Na manhã de ontem, um atropelamento fatal fez aumentar as estatísticas. João Ferreira da Paz, 35 anos, perdeu a vida ao ser atropelado por um caminhão quando tentava atravessar a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), na altura do ParkShopping. Ele morreu a 100 metros da passarela do metrô.
Dados preliminares do Departamento de Trânsito (Detran) do Distrito Federal mostram que, até outubro, 121 pedestres morreram atropelados. O número é mais alto do que o registrado em todo o ano passado, quando 112 perderam a vida. Em novembro, o maranhense João Ferreira é, pelo menos, a décima vítima. Às 8h10 de ontem, o homem tentava atravessar da Rodoviária Interestadual para a margem do ParkShopping quando foi arremessado no acostamento por um caminhão de linguiça, da empresa Fricó Alimentos, placa NZP-6221, de Goiânia (GO).
João da Paz carregava uma mala. Policiais militares que atenderam a ocorrência acreditam que ele havia acabado de chegar de viagem quando resolveu atravessar. O motorista do veículo, Claudinei Antônio do Carmo, 28 anos, contou que o pedestre esperava no acostamento quando, de repente, entrou na frente dos carros. “Foi muito rápido e não deu nem tempo de frear. Também não pude desviar porque havia uma carreta ao lado”, disse. João acabou atingido pela lateral do caminhão. Condutor há dez anos, Claudinei garante que mantinha 70km/h. “Não estava em alta velocidade, pois no momento do acidente já havia um trânsito intenso do horário de pico”, disse. Até o fechamento desta edição, a polícia procurava pelos familiares do maranhense.
Dados preliminares do Departamento de Trânsito (Detran) do Distrito Federal mostram que, até outubro, 121 pedestres morreram atropelados. O número é mais alto do que o registrado em todo o ano passado, quando 112 perderam a vida. Em novembro, o maranhense João Ferreira é, pelo menos, a décima vítima. Às 8h10 de ontem, o homem tentava atravessar da Rodoviária Interestadual para a margem do ParkShopping quando foi arremessado no acostamento por um caminhão de linguiça, da empresa Fricó Alimentos, placa NZP-6221, de Goiânia (GO).
João da Paz carregava uma mala. Policiais militares que atenderam a ocorrência acreditam que ele havia acabado de chegar de viagem quando resolveu atravessar. O motorista do veículo, Claudinei Antônio do Carmo, 28 anos, contou que o pedestre esperava no acostamento quando, de repente, entrou na frente dos carros. “Foi muito rápido e não deu nem tempo de frear. Também não pude desviar porque havia uma carreta ao lado”, disse. João acabou atingido pela lateral do caminhão. Condutor há dez anos, Claudinei garante que mantinha 70km/h. “Não estava em alta velocidade, pois no momento do acidente já havia um trânsito intenso do horário de pico”, disse. Até o fechamento desta edição, a polícia procurava pelos familiares do maranhense.
Vítimas O número total de vítimas de trânsito — incluindo ciclistas, motociclistas, motoristas e passageiros — também preocupa. Até 21 de novembro, 405 pessoas perderam a vida, média de 38,9 por mês, a segunda mais alta desde 2003 (42,7). Na avaliação do diretor geral do Detran, Francisco Saraiva, o ano foi atípico. “Tivemos a Copa do Mundo, dois turnos de eleições e uma grande quantidade de eventos na cidade. Com isso, tivemos que nos dividir para cobrir parte dos eventos e faltou gente para fazer a fiscalização. Sem contar que, com Copa do Mundo e eleição, as pessoas beberam mais e acabaram pegando o volante.”
A falta de investimento do Detran em campanhas educativas também é apontada por Saraiva como um dos fatores que contribuíram para o aumento dos acidentes. Desde novembro de 2009, o órgão de trânsito não promove esse tipo de ação porque não conseguiu contratar empresas de publicidade. Primeiro, o Tribunal de Contas apontou falhas no processo de licitação. Quando ele finalmente foi liberado, houve mudança na lei de contratação das empresas de publicidade e o processo teve que ser refeito. Logo em seguida, vieram as eleições e a proibição de se contratar esse tipo de serviço.
A falta de investimento do Detran em campanhas educativas também é apontada por Saraiva como um dos fatores que contribuíram para o aumento dos acidentes. Desde novembro de 2009, o órgão de trânsito não promove esse tipo de ação porque não conseguiu contratar empresas de publicidade. Primeiro, o Tribunal de Contas apontou falhas no processo de licitação. Quando ele finalmente foi liberado, houve mudança na lei de contratação das empresas de publicidade e o processo teve que ser refeito. Logo em seguida, vieram as eleições e a proibição de se contratar esse tipo de serviço.
Colaborou Naira Trindade


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