terça-feira, 19 de abril de 2011

Campanha da PRF " UMA LUZ PARA A VIDA "



Durante a Operação Tiradentes/Semana Santa - 2011, a PRF estará liderando uma grande campanha nacional pela diminuição dos acidentes de trânsito e das mortes nas rodovias federais. Trata-se da campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA, iniciada na 1ª SRPRF/GO e expandida para todo o país por recomendação do DPRF.

A ideia básica é conclamar todos os condutores de veículos a trafegarem sempre com os faróis acesos, seja noite ou seja dia, em viagens realizadas entre os dias 20 e 24/04/2011.

Os faróis acessos, além de favorecerem uma melhor visualização entre os veículos - o que, por si só, é fator contribuinte para a redução dos riscos de acidentes - ainda terão o valor simbólico de mostrar que a sociedade brasileira, por meio dos condutores, está envolvida no esforço pela redução dos acidentes de trânsito. Envolvimento esse que a PRF considera fundamental para a promoção da paz e da segurança no trânsito.

A 9ª SRPRF vem desencadeando uma intensa articulação para divulgar a campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA. Encaminhamos ofícios e e-mail à diversas instituições e representantes da sociedade organizada solicitando envolvimento e participação. Estamos mobilizando a participação de toda a categoria - Ativos e Inativos -, buscando inicialmente o engajamento do SINPRF/RS e o apoio dos órgãos de imprensa.

Contudo, consideramos que é fundamental, antes de qualquer outra atitude, a adesão de todos os Policiais Rodoviários Federais. Desse modo, solicitamos a todos os servidores lotados na 9ª SRPRF/RS que, em seus respectivos ambientes de convivência social, divulguem a campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA. Pedimos ainda que, em seus deslocamentos de ida e volta aos locais de trabalho, mantenham sempre os faróis dos seus veículos acesos.
Queremos deixar registrado que da irradiação do pedido de engajamento na campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA, recebemos várias manifestações positivas, de inúmeros órgãos e entidades, informando que estarão replicando o conteúdo a todos os seus colaboradores e setores internos.

Outrossim, não poderíamos deixar de mencionar que a 9ª SRPRF estará participando de Ação Integrada, concebida entre diversos órgãos e entidades que trabalham com a educação para o trânsito aqui no estado do Rio Grande do Sul.

A ação será desencadeada a partir do dia 19/04, às 14:00, com o lançamento no Palácio Piratini, com a participação do Senhor Vice-Governador Beto Grill e diversas autoridades e prefeitos. O segundo momento da ação integrada ocorrerá no dia 20/04, pela parte da manhã, onde educadores e palestrantes das diversas entidades envolvidas farão inúmeras palestras sobre educação para o trânsito e direção defensiva.

O fechamento da ação integrada ocorrerá na tarde do dia 20/04, em 5 praças de pedágio de saída da Região Metropolitana. São elas: Gravataí, Eldorado do Sul, Fazenda Vila Nova, Portão e Campo Bom.

Estarão envolvidos a PRF, PRE, DETRAN, Comitê Estadual pelo Trânsito Seguro (ligado ao Gabinete do Vice-Governador), Concessionárias CONCEPA e UNIVIAS, a Fundação Thiago Gonzaga, Instituto Zero Acidente, Ande Bem - Instituto de Psicologia do Trânsito, a EPTC, MGTS - Movimento Gaúcho pelo Trânsito Seguro, SEST/SENAT, Anjos do Asfalto, Rotary Club, Prefeituras através de suas Guardas de Trânsito ou Secretarias de Trânsito dos municípios de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Alvorada, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, Estancia Velha, São Leopoldo, Novo Hamburgo, São Sebastião do Caí, Cachoeirinha, Portão, Montenegro, Gravataí, Alvorada, Guaíba e Eldorado do Sul, entre outros ainda a confirmar.

Além do trabalho específico, haverá uma forte ancoragem na imprensa, através das Assessorias de Comunicação Social dos diversos órgãos envolvidos, bem como o Governo e Núcleo de Comunicação da PRF.


Celso Morais
CRET - Presidente da Comissão Regional de Educação para o Trânsito
DPRF/RS

terça-feira, 12 de abril de 2011

CAMPANHA ACENDA OS FARÓIS: DÊ UMA LUZ PARA A VIDA

Durante a Operação Tiradentes/Semana Santa - 2011, a PRF estará liderando uma grande campanha nacional pela diminuição dos acidentes de trânsito e das mortes nas rodovias federais. Trata-se da campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA, iniciada na 1ª SRPRF/GO e expandida para todo o país por recomendação do DPRF. A idéia básica é conclamar todos os condutores de veículos a trafegarem sempre com os faróis acesos, seja noite ou seja dia, em viagens realizadas entre os dias 20 e 24/04/2011.

Os faróis acessos, além de favorecerem uma melhor vizualização entre os veículos - o que, por si só, é fator contribuinte para a redução dos riscos de acidentes - ainda terão o valor simbólico de mostrar que a sociedade brasileira, por meio dos condutores de veículos, está envolvida no esforço pela redução dos acidentes de trânsito. Envolvimento esse que a PRF considera fundamental para a promoção da paz e da segurança no trânsito.

Em Sergipe, a 20ª SRPRF/Se vem desencadeando uma itensa articulação para divulgar a campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA. Teremos seis outdoors instalados, distribuição de panfletos educativos e específicos sobre a campanha, orientação da Igreja Católica e de Igrejas Evangélicas para que os fiéis participem da campanha, vinhetas em emissoras de rádio, entrevista em redes de TV, pronunciamentos do Superintendente na Câmara de Vereadores de Aracaju e na Assembléia Legislativa, entre outras iniciativas.

Contudo, consideramos que é fundamental, antes de qualquer outra atitude, a adesão de todos os Policiais Rodoviários Federais. Desse modo, solicitamos a todos os servidores lotados na 20ª SRPRF/Se que, em seus respectivos ambientes de convivência social, divulguem a campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA. Pedimos ainda que, em seus deslocamentos de ida e volta aos locais de trabalho, mantenham sempre os faróis dos seus veículos acesos. Fica determinado que, no decorrer da Operação Tiradentes/Semana Santa, em todos os deslocamentos, seja das equipes em escalas normais de serviço ou das equipes extras, os faróis das viaturas devem permanecer acesos.

Grato pela atenção de todos e na esperança de uma efetiva participação da sociedade brasileira na campanha ACENDA OS FARÓIS - DÊ UMA LUZ PARA A VIDA,

A 20ª SRPRF/Se agradece pelo empenho e colaboração.

Fonte: Fenaprf

sábado, 9 de abril de 2011

Rio terá R$ 30 bilhões para transportes

Webtranspo
Lopes aposta em melhora da economia fluminense


Trem do Rio passa por inovações
    Durante o debate ''Cidades Sustentáveis e Sistemas Inteligentes de Transportes'', realizado no Rio de Janeiro na última semana, Julio Lopes, secretário de Transportes, informou que o Estado receberá R$ 30 bilhões para aprimorar o sistema de transporte público até 2016.
    O objetivo do investimento é adequar o serviço ao atendimento da maior demanda em razão dos jogos olímpicos que acontecerão no Estado. ''Este volume de investimentos, aplicados nos setores metroferroviário, aquaviário, aéreo, portuário, rodoviário, começam a proporcionar um novo paradigma de deslocamento aos cidadãos fluminenses'', comentou o secretário.
    Segundo ele, ''a economia do Estado também só tem a ganhar, com o desenvolvimento do setor de cargas e logística, um dos maiores geradores de recurso financeiros para o Rio .
    Conforme os dados da Secretaria de Transportes fluminense, hoje a região do Grande Rio comporta 11,28 milhões de habitantes e soma 19 milhões de viagens por dia, ou seja, 75% do volume de passageiros de todo o Rio de Janeiro.
    Carlos José da Cunha, presidente da SuperVia, afirmou na ocasião que alguns passos já foram dados para adequar o sistema. Ainda neste semestre 34 novos trens serão incorporados à frota do Estado. E até 2016 outras 90 composições serão adquiridas.
    Cunha declarou ainda que três oficinas estão em reforma e 84 veículos estão sendo modernizados para aprimorar o transporte por ferrovias; além disso, o sistema de sinalização também passa por um processo de aprimoramento.
    Ao Metrô foram integrados 114 novos carros, foram criadas a Linha Quatro, que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca, novas estações da Cidade Nova e Uruguai e realizada a reforma de outras estações e do centro de controle.
    Lopes não detalhou as obras que receberão o recurso.

Webtranspo
Lopes aposta em melhora da economia fluminense


Trem do Rio passa por inovações
    Durante o debate ''Cidades Sustentáveis e Sistemas Inteligentes de Transportes'', realizado no Rio de Janeiro na última semana, Julio Lopes, secretário de Transportes, informou que o Estado receberá R$ 30 bilhões para aprimorar o sistema de transporte público até 2016.
    O objetivo do investimento é adequar o serviço ao atendimento da maior demanda em razão dos jogos olímpicos que acontecerão no Estado. ''Este volume de investimentos, aplicados nos setores metroferroviário, aquaviário, aéreo, portuário, rodoviário, começam a proporcionar um novo paradigma de deslocamento aos cidadãos fluminenses'', comentou o secretário.
    Segundo ele, ''a economia do Estado também só tem a ganhar, com o desenvolvimento do setor de cargas e logística, um dos maiores geradores de recurso financeiros para o Rio .
    Conforme os dados da Secretaria de Transportes fluminense, hoje a região do Grande Rio comporta 11,28 milhões de habitantes e soma 19 milhões de viagens por dia, ou seja, 75% do volume de passageiros de todo o Rio de Janeiro.
    Carlos José da Cunha, presidente da SuperVia, afirmou na ocasião que alguns passos já foram dados para adequar o sistema. Ainda neste semestre 34 novos trens serão incorporados à frota do Estado. E até 2016 outras 90 composições serão adquiridas.
    Cunha declarou ainda que três oficinas estão em reforma e 84 veículos estão sendo modernizados para aprimorar o transporte por ferrovias; além disso, o sistema de sinalização também passa por um processo de aprimoramento.
    Ao Metrô foram integrados 114 novos carros, foram criadas a Linha Quatro, que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca, novas estações da Cidade Nova e Uruguai e realizada a reforma de outras estações e do centro de controle.
    Lopes não detalhou as obras que receberão o recurso.

O Brasil está preparado para o Conama P7?

Webtranspo
Caminhões terão nova tecnologia em 2012


     Para Scania, diesel mais limpo vai atender mercado

    O mercado rodoviário está em uma verdadeira contagem regressiva. Em poucos meses – a partir de janeiro de 2012 -, todos os caminhões terão que sair de fábrica com uma nova tecnologia, cujo objetivo é reduzir o índice de emissão de poluentes.
    Neste cenário, as montadoras já apresentam ao mercado os veículos adequados ao Conama P7, lei brasileira equivalente ao Euro V. Com a nova determinação, os veículos movidos a óleo diesel devem reduzir em 60% as emissões de NOx (Óxidos de Nitrogênio – um dos responsáveis pela chuva ácida) – passando de cinco para dois gramas por quilowats hora – e diminuir em 80% os índices de material particulado, que deverá passar de 0,1 para 0,02 gramas.
    No entanto, a principal dúvida surge quando o assunto é o combustível. Isso mesmo, caro leitor. Não será apenas o caminhão que terá que evoluir tecnologicamente. O diesel também deverá ser ''mais limpo''.
    Com isso, em 2012, os combustíveis S50 e S10, com 50 e dez partes por milhão de enxofre, respectivamente, devem ganhar cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Hoje, o mais usado em todo o País é o S500.
    Sendo assim, o mercado teme um possível déficit na produção do produto para atender a demanda. Entretanto, Roberto Leoncini, diretor geral da Scania no Brasil, diz que o setor pode ficar tranquilo.
    ''A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) tem nos garantido que todos os setores envolvidos neste processo estão fazendo sua parte. O que falta, em minha opinião, é divulgar as ações realizadas para, assim, tranquilizar o mercado'', afirma.
    Questionado sobre o custo que este diesel mais limpo custaria ao transportador, o executivo afirma que isso ainda não foi definido. Além do combustível, um novo componente fará parte da realidade dos pesados brasileiros: o Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo, composto por 32,5% de ureia diluída em água desmineralizada).
    Trata-se de um composto a base de uréia que, quando submetido a uma alta temperatura do escape, se transforma em amônia e se mistura aos gases produzidos pela queima do combustível. Esta mistura é transportada até o catalisador, onde os NOx se transformarão em nitrogênio e vapor de água, substâncias que não poluem o meio ambiente.
    De acordo com Celso Mendonça, gerente de engenharia de vendas da fabricante sueca, este produto não deverá gerar muitas preocupações ao motorista. ''A autonomia do Arla 32 é muito grande, aproximadamente um tanque a cada mil litros de diesel'', destaca. Segundo o executivo, o produto não deverá ser importado. Ele destaca que a Fosfértil, empresa que atua no mercado de fertilizantes, possui know how para produzir o produto no Brasil. O valor de comercialização ainda não foi definido.
    ''O País está se preparando para a nova norma ambiental. Ao que tudo indica, tudo será feito com racionalidade. Estamos dando um importante passo para a evolução tecnológica dos caminhões'', finaliza Leoncini.

Veículos na mira do governo

Gazeta do Povo (PR)
Em dois meses, estados deverão concluir projeto para controlar emissão de gases e poluição sonora, o que poderá incluir inspeções. Só São Paulo e Rio de Janeiro já fazem o trabalho
por Marcus Ayres
    O controle das emissões de gases e poluição sonora de carros, ônibus e caminhões no Paraná deverá ficar mais rígido nos próximos meses, com a criação do Plano de Controle de Poluição Veicular (PCPV). Mas, a apenas dois meses do fim do prazo para a apresentação do plano ao Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema), o governo do Paraná ainda está revisando um projeto elaborado na gestão anterior, que previa a implantação de um sistema de inspeção veicular. Por enquanto, as inspeções – que deverão ser adotadas até o ano que vem em todo o país – só vêm sendo feitas na cidade de São Paulo e no estado do Rio de Janeiro.
    O PCPV é obrigatório para todos os estados basileiros e precisa ser apresentado até junho deste ano, prazo determinado por resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O plano – que trará um diagnóstico da emissão de gases e poluição sonora provocada por veículos e as soluções que os estados pretendem adotar para conter o problema – está sendo revisado pela nova gestão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A tendência é que vários governos usem a inspeção veicular dentro de seus planos.

Chip economiza combustível na frota de Sergipe

INTELOG
Após implantação de sistema, rendimento médio dos veículos passou de 6 km por litro para 10 km, o que trouxe uma economia de cerca de R$ 5 milhões por ano
    Os 3 mil veículos do estado receberam kits para controle de consumo e quilometragem
    Sergipe aproveitou o fato de ser o menor estado brasileiro para promover mudanças em seu sistema de compras públicas. Há quatro anos, a administração estadual decidiu centralizar as compras públicas, de forma a garantir escala e preços menores.
    A proposta veio acompanhada de uma intensificação do uso do pregão eletrônico, da maior abertura a micro e pequenos fornecedores locais, e envolveu também a implantação de sistemas de controle e gestão dos recursos.
    A conta de combustíveis, uma das mais pesadas para a administração pública, recebeu atenção especial, que envolveu a implantação de um sistema de controle de consumo por meio de chip em toda a frota do estado. Com isso, foi possível reduzir os desvios e identificar veículos que apresentavam um consumo muito alto, acima da média.
    ''Tivemos uma economia de 20% em relação ao que gastávamos'', diz o superintendente de compras centralizadas da secretaria de Planejamento e Gestão, Márcio Zylberman.
    A mudança foi possível graças à adoção da centralização dos contratos. Como o governo passou a ter um só fornecedor de combustível, no caso, a BR Distribuidora, pode exigir dele a contrapartida da elaboração de um sistema de controle do consumo. ''A Petrobras contratou uma empresa israelense que já usava essa solução em transportadoras'', afirma.
    O sistema, implantado sem custo adicional para o governo no final de 2007, consiste em kit de transmissores e receptores, implantado tanto nos 3 mil veículos do estado quanto nas 11 bases de abastecimento espalhadas pelo estado.
    Quando o veículo é abastecido, o sistema registra automaticamente, sem a intervenção humana, o volume de combustível abastecido e a quilometragem já rodada por aquele carro. Dessa forma, permite uma análise do rendimento do veículo. Esses valores são registrados pelo posto de abastecimento e enviados à secretaria de Orçamento e Gestão no dia seguinte. ''O sistema permite um acompanhamento diário dos gastos'', diz Zylberman.
    De acordo com o superintendente de compras, após a implantação do sistema, o consumo médio de combustível da frota do estado passou de 5 km por litro para 10 km por litro. Nos padrões de consumo atual do estado, isso significa uma economia equivalente a R$ 5 milhões por ano. Atualmente, o estado gasta cerca de R$ 20 milhões em combustível por ano.
    Com base nos dados fornecidos pelo sistema a secretaria também organiza a manutenção da frota e identifica eventuais desvios de combustível. ''Já tivemos tanto casos de veículos que estavam com um consumo exagerado, ou com o odômetro estragado, quanto casos em que havia desvio do combustível para uso próprio'', afirma Zylberman.
    Além da economia gerada pela maior eficiência no uso do combustível, o governo também se beneficiou do sistema de compras centralizadas para obter melhores preços pela gasolina, álcool e diesel adquiridos. ''Pagamos hoje R$ 2,34 pela gasolina, que é um preço para todo o estado'', diz.

INTELOG
Após implantação de sistema, rendimento médio dos veículos passou de 6 km por litro para 10 km, o que trouxe uma economia de cerca de R$ 5 milhões por ano
    Os 3 mil veículos do estado receberam kits para controle de consumo e quilometragem
    Sergipe aproveitou o fato de ser o menor estado brasileiro para promover mudanças em seu sistema de compras públicas. Há quatro anos, a administração estadual decidiu centralizar as compras públicas, de forma a garantir escala e preços menores.
    A proposta veio acompanhada de uma intensificação do uso do pregão eletrônico, da maior abertura a micro e pequenos fornecedores locais, e envolveu também a implantação de sistemas de controle e gestão dos recursos.
    A conta de combustíveis, uma das mais pesadas para a administração pública, recebeu atenção especial, que envolveu a implantação de um sistema de controle de consumo por meio de chip em toda a frota do estado. Com isso, foi possível reduzir os desvios e identificar veículos que apresentavam um consumo muito alto, acima da média.
    ''Tivemos uma economia de 20% em relação ao que gastávamos'', diz o superintendente de compras centralizadas da secretaria de Planejamento e Gestão, Márcio Zylberman.
    A mudança foi possível graças à adoção da centralização dos contratos. Como o governo passou a ter um só fornecedor de combustível, no caso, a BR Distribuidora, pode exigir dele a contrapartida da elaboração de um sistema de controle do consumo. ''A Petrobras contratou uma empresa israelense que já usava essa solução em transportadoras'', afirma.
    O sistema, implantado sem custo adicional para o governo no final de 2007, consiste em kit de transmissores e receptores, implantado tanto nos 3 mil veículos do estado quanto nas 11 bases de abastecimento espalhadas pelo estado.
    Quando o veículo é abastecido, o sistema registra automaticamente, sem a intervenção humana, o volume de combustível abastecido e a quilometragem já rodada por aquele carro. Dessa forma, permite uma análise do rendimento do veículo. Esses valores são registrados pelo posto de abastecimento e enviados à secretaria de Orçamento e Gestão no dia seguinte. ''O sistema permite um acompanhamento diário dos gastos'', diz Zylberman.
    De acordo com o superintendente de compras, após a implantação do sistema, o consumo médio de combustível da frota do estado passou de 5 km por litro para 10 km por litro. Nos padrões de consumo atual do estado, isso significa uma economia equivalente a R$ 5 milhões por ano. Atualmente, o estado gasta cerca de R$ 20 milhões em combustível por ano.
    Com base nos dados fornecidos pelo sistema a secretaria também organiza a manutenção da frota e identifica eventuais desvios de combustível. ''Já tivemos tanto casos de veículos que estavam com um consumo exagerado, ou com o odômetro estragado, quanto casos em que havia desvio do combustível para uso próprio'', afirma Zylberman.
    Além da economia gerada pela maior eficiência no uso do combustível, o governo também se beneficiou do sistema de compras centralizadas para obter melhores preços pela gasolina, álcool e diesel adquiridos. ''Pagamos hoje R$ 2,34 pela gasolina, que é um preço para todo o estado'', diz.

Campanha com universitários vai simular júri de crime de trânsito

Detran-MS
Veteranos e calouros do curso de Direito interpretarão esta ação
Campo Grande (MS) - O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) inicia neste mês, a campanha "Calouros por um trânsito Seguro", realizada todos os anos pelo órgão. O objetivo é sensibilizar os jovens para segurança no trânsito, abordando temas como excesso de velocidade, rachas, acidentes, entre outros.
     Neste ano, a sensibilização dos jovens será através de um júri simulado que será interpretado pelos veteranos do curso de Direito. A peça terá como tema um crime envolvendo um acidente de trânsito. Os calouros serão os jurados. "Com essa nova idéia, nós pretendemos aproximar os jovens dos prejuízos e conseqüências de um acidente de trânsito", explica diretora de Habilitação e Educação de Trânsito do Detran-MS, Elizabeth Félix.
     Em Campo Grande, a campanha começa amanhã (01), na Unaes. A apresentação será no Auditório Almir Sater, a partir das 19h, e são esperados mais de mil calouros. A campanha segue no dia 12 de abril, na Anhanguera-Uniderp e nos dia 13 e 14 de abril, na Ucdb. Na UFMS, a campanha será realizada no dia 23 de maio.
     No interior, a campanha já começou em Dourados, Caarapó e Corumbá. Na próxima semana é a vez de Três Lagoas e Aquidauana. Ao todo serão 39 universidades atendidas no interior do estado.
Por : Divisão de Comunicação e Estatística - DICOE

Mais de 80% dos homens não respeitam rotas traçadas pelo GPS

INTELOG - RS
Mulheres obedecem mais os caminhos dos sistemas de navegação. Números são de uma pesquisa feita por uma seguradora britânica
    Os homens são mais propensos a ignorar as direções informadas pelo GPS do que as mulheres, de acordo com uma pesquisa recente da seguradora britânica Swinton.
    Enquanto apenas 63% das mulheres desobedecem os comandos dos sistemas de navegação, 83% dos homens ignoram as rotas.
    Mesmo com a diferença a 'desobediência' é alta em ambos os sexos. O levantamento que teve como base 3 mil pessoas aponta que 79% dos motoristas não seguem as rotas do GPS.
    Do total de pessoas pesquisadas, cerca de 50% responderam que os caminhos informados pelo sistema já ocasionaram brigas entre passageiros e motoristas. Para cerca de 33%, o GPS costuma levar o motorista para caminhos mais longos e demorados.

Álcool é a sétima causa de acidentes

O LIBERAL - PA
Lei Seca, educação e testes de bafômetro não reduzem as ocorrências no Pará
    A mistura de bebidas alcoólicas com trânsito resultou em 368 acidentes no Pará, no ano passado, registrados pelo Departamento de Estado de Trânsito do Pará (Detran-PA). Mesmo com lei federal 11.705/2008 (Lei Seca), mais testes de alcoolemia (bafômetro ou etilômetro) e campanhas educativas, o número de acidentes envolvendo condutores embriagados aumentou nos últimos dois anos (346 em 2008 e 353 em 2009). A infração gravíssima é a sétima entre as dez principais causas de acidentes. Punições pouco severas e dificuldades em penalizar motoristas infratores por causa das brechas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) reforçam constatações de pesquisas feitas pelo Detran-PA, mostrando que 37,07% dos condutores de carros bebem ou já ter beberam antes de dirigir. Para motociclistas, o percentual é de 42,78%.
    O coordenador de Operações do Detran-PA, Valter Aragão, ressalta que no início da Lei Seca havia 40 agentes e 15 bafômetros para todo o Pará. Agora são 320 agentes com 110 etilômetros. A quantidade de barreiras e operações conjuntas também aumentou. ''Estamos com um trabalho 24 horas por dia. Em duas semanas, fizemos 21 operações de manhã, de tarde e de noite. Não é sempre, mas encontramos condutores alcoolizados a qualquer horário, apesar de ser mais à noite e nos finais de semana'', comentou.
    Mesmo com mais campanhas, pessoal, fiscalização e equipamentos, 30% dos condutores abordados se recusam a fazer o teste do bafômetro. Os veículos parados são por amostragem ou indícios de que o condutor esteja bêbado, o que não garante 100% de cobertura. O artigo 156 do CTB pune condutores alcoolizados com sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), multa de R$ 957,69, recolhimento da carteira e processo de suspensão do direito de dirigir por um ano. Somente com o resultado do teste de alcoolemia é possível encaminhar o infrator à polícia para a detenção (de seis meses a três anos), já que a Lei Seca só prevê essa punição quando o condutor apresenta seis decigramas de álcool ou mais por litro de sangue.

Mortes no trânsito chegam a 160 por dia, alerta pesquisa

Bom Dia Brasil
O dado é da seguradora que administra o DPVAT, o seguro obrigatório. Na maioria dos casos, as vítimas são os próprios condutores.
    São números de guerra: 160 pessoas morrem todo dia no trânsito brasileiro. Por que o motorista brasileiro é tão ruim e tão imprudente? Seria a sensação de impunidade? Muitos especialistas dizem que a lei existe e que é boa. A falha estaria na fiscalização. É um desfile de situações de risco que se vê nas ruas também quase que diariamente. Há falta de atenção, imprudência, motoristas alcoolizados, desrespeito à lei.
    Depois de um dia inteiro atrás do volante, o motorista de ônibus Cícero Muniz conta: ''A vontade das pessoas é só de chegar primeiro. Eles não cedem a vez para o outro. Quer estar na frente e quer chegar na frente''. Há falta de atenção. ''É um pouco cansativo para a pessoa que roda o dia todo'', diz outro motorista de ônibus.
    Todos os dias é a mesma coisa: pelo menos, 160 pessoas morrem por acidente de trânsito no Brasil. Foi assim nos últimos cinco anos. O dado é da seguradora que administra o DPVAT, o seguro obrigatório. Na maioria dos casos, as vítimas são os próprios condutores, que têm entre 21 e 30 anos de idade. Do total de indenizações pagas em 2010, 31% foram por acidentes com carros. A pior estatística é com as motos: representam 61% do total.
    ''Os acidentes estão acontecendo. Há necessidade de que as pessoas tenham consciência disso: sejam educadas nas escolas desde pequenas. O volume de acidente com motocicleta, por exemplo, é assustador'', explica o diretor-presidente da seguradora Líder DPVAT, Ricardo Xavier.
    Com pressa, os motoboys admitem: eles estão sempre correndo contra o tempo. ''A gente tem hora certa para entregar e para fazer entrega. Se não fizer no horário, a gente é cobrado por isso'', explica o motoboy Lucivaldo Bezerra.
    Por que tanto acidente? Na rua, há muitas situações de risco. Em Brasília, um grupo foi flagrado por um cinegrafista amador no último domingo (3). Passageiros se sentaram nas janelas, beberam e passaram a garrafa uns para os outros. Os motoristas foram identificados e podem ser obrigados a pagar até R$ 470 de multa cada um. Terão também 19 pontos na carteira. Com 20 pontos, a habilitação é cassada.
    ''Nossa fiscalização é ineficaz, é praticamente inoperante na maioria das cidades e o motorista se sente impune. Ele pode fazer o que quiser que não vai acontecer nada'', lembra o professor da Universidade de Brasília (UnB), David Duarte.
    Diariamente são pagas de 900 a 1 mil indenizações por morte, invalidez e assistência médica a feridos em acidentes. Os dados também são da seguradora do DPVAT, o seguro obrigatório.

Astronauta holandês ajuda a desenvolver ônibus elétrico

G1
Batizado de Superbus, o veículo pode alcançar os 250 km/h.O transporte tem capacidade para até 23 passageiros

    Elétrico, o Superbus pode chegar aos 250 km/h (Foto: Lex Van Lieshout/AFP)
    O astronauta holandês Wubbo Ockles e sua equipe apresentaram, nesta segunda-feira (4), um ônibus elétrico de fibra de carbono que pode alcançar os 250 km/h. A volta demonstrativa foi realizada na pista do Aeroporto de Valkenbur, em Katwij, na Holanda. O projeto para o desenvolvimento do conceito ambientalmente correto foi financiado pelo Ministério dos Transportes da Holanda.
    O Superbus (ou Superônibus), tem largura e comprimento maiores do que os veículos convencionais. No entanto, o projeto do astronauta tem um desempenho melhor, já que durante o desenvolvimento do Superbus, a equipe trabalhou para criar uma aerodinâmica para deixar o veículo mais veloz e econômico.
    Além disso, a distância para o asfalto é bem menor quando comparada aos ônibus normais. Para deixar a viagem e o acesso mais confortáveis, o veículo é equipado com 16 portas individuais.
    O investimento ultrapassa os 13 milhões de euros (mais de R$ 29 milhões), entre o desenvolvimento da tecnologia e fabricação do protótipo. Os cientistas precisaram de três anos para transformar o conceito em realidade.

Metrô de São Paulo é insuficiente como alternativa para o carro

UOL Notícias
Atualmente com 61 estações distribuídas em cinco linhas que somam 70,9 quilômetros de extensão, o Metrô de São Paulo não se desenvolveu o suficiente para atender às necessidades da metrópole
por Fernando Mendonça
    O metrô é considerado o mais eficiente meio de transporte urbano por não dividir espaço na superfície com outros veículos. Em São Paulo, metrópole que em março ultrapassou 7 milhões de veículos, o metrô chegou tarde, foi entregue somente em 1974, quando entrou em operação o trecho de sete quilômetros, com sete estações, entre o Jabaquara e a Vila Mariana, e desde então cresceu. Pouco.
    Atualmente com 61 estações distribuídas em cinco linhas que somam 70,9 quilômetros de extensão, o Metrô de São Paulo não se desenvolveu o suficiente para atender às necessidades da metrópole. Preto no branco, o metrô da capital expandiu-se, em média, apenas 1,6 quilômetro por ano nos últimos 36 anos.
    Durante seminário sobre mobilidade urbana realizado em março último na capital, o arquiteto Marcos Kiyoto, especialista em transportes de alta capacidade, afirmou que o ritmo lento de crescimento do metrô paulistano deixa muito a desejar em relação ao sistema de outras metrópoles, como é o caso da Cidade do México, com 200 quilômetros de rede.
    Outro problema apontado durante o seminário foi a pouca integração das linhas entre si. De acordo com Kiyoto, o mais importante não é esticar as linhas, mas, sim, criar mais intersecções entre as já existentes para que seja criada, de fato, uma malha metroviária.
    Já o arquiteto Fábio Pontes informou que o número de habitantes por quilômetro de linha de metrô em São Paulo é 4,5 vezes maior do que o de Londres, o que significa trens muito mais cheios.
    Até mesmo cidades menores do que São Paulo possuem sistemas bem melhores. É o caso de Barcelona, na Espanha, que oferece aos seus cerca de dois milhões de habitantes 148 estações de metrô - número duas vezes e meia maior de estações que o da capital paulista para um contingente populacional de apenas 20% do contingente paulistano.
    As 61 estações do metrô de São Paulo recebem todos os dias cerca de 3,3 milhões de passageiros. As 126 estações do metrô de Barcelona recebem diariamente cerca de 1 milhão de usuários. Talvez esteja aí a explicação para a falta de ânimo do motorista paulistano em deixar o carro na garagem e procurar a estação de metrô mais próxima.
Parceria com o setor privado    No começo desta semana, o diretor de operação do metrô, Mário Fioratti, admitiu em entrevista para a BandNews FM que o metrô está no limite técnico de quantidade de trens. Segundo ele, não há como colocar mais trens em circulação porque o sistema de sinalização que controla a movimentação do trem não pode ser redimensionado.
    O Governo de São Paulo, responsável pela gestão do metrô paulistano, reconhece as deficiências do sistema. Na inauguração da estação Butantã, no último dia 28 de março, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceu que a rede deveria ter pelo menos o dobro do atual tamanho.
    Uma das soluções sinalizadas pelo governador são as parcerias público-privadas (PPPs) - como já acontece com a Linha Amarela da rede, administrada pela ViaQuatro, empresa do grupo CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias). Segundo Alckmin, as propostas de parceria devem começar a chegar já nos próximos dias.

Dispositivo que alerta motoristas sobre presença de radares é proibido

Jornal Nacional
Dirigir com aparelho antirradar é infração gravíssima. A multa é de R$ 191, sete pontos na carteira e apreensão do veículo
    Uma irregularidade no trânsito está se espalhando pelas ruas brasileiras. Veja na reportagem de Isabela Scalabrini.
    Os radares ajudam a controlar a velocidade dos veículos e a evitar acidentes.
    Edson, motorista de táxi em Belo Horizonte há 20 anos, utiliza um GPS para se deslocar com mais facilidade. E aproveitou o aparelho para instalar um dispositivo extra, que alerta sobre a localização exata de todos os radares fixos na cidade.
    “O mesmo programa que eu tenho é o programa que é o mapeamento da própria cidade”, contou ele.
    De acordo com o Denatran, a função de um GPS é indicar ao motorista qual caminho ele vai seguir para chegar a determinado endereço: se vai virar à esquerda, à direita, se vai seguir em frente. Se o equipamento tiver um dispositivo que alerta sobre a presença de radares, então ele é proibido.
    Dirigir com dispositivo antirradar é infração gravíssima. A multa é de R$ 191, sete pontos na carteira e apreensão do veículo.
    Para o engenheiro Osias Batista, consultor em trânsito, o dispositivo funciona somente como um banco de dados e tem a mesma função das placas que são obrigatórias antes de cada radar.
    “Qualquer equipamento que produza uma onda que possa interferir no equipamento radar, ele deve ser proibido. Agora o GPS não produz essa onda. Ele entra em contato com o satélite que informa para ele dentro de um banco de dados existente onde que tem radar. Então, o GPS em si não interfere com o radar”, afirmou.
    Segundo o Denatran, mesmo sendo apenas um banco de dados, o GPS com alerta de radares é considerado irregular.
    Em algumas lojas, o GPS já é vendido com o antirradar. “A gente vende com as outras funções. Se o cliente vai usar ela ou não fica a caráter do cliente”, disse o instalador Júlio Silva.
    O Denatran informou que não tem competência para proibir ou liberar a venda do GPS com o alerta de radares.

Mortes no trânsito chegam a 160 por dia, alerta pesquisa

Bom Dia Brasil
O dado é da seguradora que administra o DPVAT, o seguro obrigatório. Na maioria dos casos, as vítimas são os próprios condutores.
    São números de guerra: 160 pessoas morrem todo dia no trânsito brasileiro. Por que o motorista brasileiro é tão ruim e tão imprudente? Seria a sensação de impunidade? Muitos especialistas dizem que a lei existe e que é boa. A falha estaria na fiscalização. É um desfile de situações de risco que se vê nas ruas também quase que diariamente. Há falta de atenção, imprudência, motoristas alcoolizados, desrespeito à lei.
    Depois de um dia inteiro atrás do volante, o motorista de ônibus Cícero Muniz conta: ''A vontade das pessoas é só de chegar primeiro. Eles não cedem a vez para o outro. Quer estar na frente e quer chegar na frente''. Há falta de atenção. ''É um pouco cansativo para a pessoa que roda o dia todo'', diz outro motorista de ônibus.
    Todos os dias é a mesma coisa: pelo menos, 160 pessoas morrem por acidente de trânsito no Brasil. Foi assim nos últimos cinco anos. O dado é da seguradora que administra o DPVAT, o seguro obrigatório. Na maioria dos casos, as vítimas são os próprios condutores, que têm entre 21 e 30 anos de idade. Do total de indenizações pagas em 2010, 31% foram por acidentes com carros. A pior estatística é com as motos: representam 61% do total.
    ''Os acidentes estão acontecendo. Há necessidade de que as pessoas tenham consciência disso: sejam educadas nas escolas desde pequenas. O volume de acidente com motocicleta, por exemplo, é assustador'', explica o diretor-presidente da seguradora Líder DPVAT, Ricardo Xavier.
    Com pressa, os motoboys admitem: eles estão sempre correndo contra o tempo. ''A gente tem hora certa para entregar e para fazer entrega. Se não fizer no horário, a gente é cobrado por isso'', explica o motoboy Lucivaldo Bezerra.
    Por que tanto acidente? Na rua, há muitas situações de risco. Em Brasília, um grupo foi flagrado por um cinegrafista amador no último domingo (3). Passageiros se sentaram nas janelas, beberam e passaram a garrafa uns para os outros. Os motoristas foram identificados e podem ser obrigados a pagar até R$ 470 de multa cada um. Terão também 19 pontos na carteira. Com 20 pontos, a habilitação é cassada.
    ''Nossa fiscalização é ineficaz, é praticamente inoperante na maioria das cidades e o motorista se sente impune. Ele pode fazer o que quiser que não vai acontecer nada'', lembra o professor da Universidade de Brasília (UnB), David Duarte.
    Diariamente são pagas de 900 a 1 mil indenizações por morte, invalidez e assistência médica a feridos em acidentes. Os dados também são da seguradora do DPVAT, o seguro obrigatório.

Ir de táxi sai mais barato do que ter um carro em São Paulo, diz estudo

UOL Notícias
Comprar um carro ou ir de táxi? Esta é uma pergunta que pouca gente se faz antes de entrar em uma loja de automóveis.
    Comprar um carro ou ir de táxi? Esta é uma pergunta que pouca gente se faz antes de entrar em uma loja de automóveis. Segundo levantamento feito pelo Centro de Estudos de Finanças Pessoais e Negócios (Cefipe), quem prefere circular de táxi pela cidade pode economizar mais de R$ 1 mil por mês em relação àquele que tira da garagem o carro próprio para se deslocar. Especialmente em uma metrópole com 7 milhões de veículos e vários problemas de trânsito como São Paulo. 
    O levantamento realizado pelo Cefipe considerou todos os custos que incidem sobre um carro de R$ 40 mil, desde taxas e impostos, como licenciamento e IPVA, até os gastos com manutenção e seguro, passando pelas despesas do dia a dia - combustível, lavagem e troca de óleo, entre outras.
    De acordo com o Cefipe, há custos que geralmente não são levados em consideração por aqueles que elaboram uma conta rápida, de cabeça, antes de se decidir pelo carro próprio. A depreciação, por exemplo, é um deles. Dependendo do modelo ou do ano, um carro chega a perder 1% de seu valor por mês – neste caso, R$ 400.
    Outro cálculo que passa longe da cabeça do candidato a um carro é o que considera a oportunidade de ganho desperdiçada se o mesmo dinheiro, em vez de empregado para comprar o automóvel, fosse investido em uma aplicação financeira. Na caderneta de poupança, a mais conservadora do mercado, R$ 40 mil devolveriam R$ 265 mensais.
    Além dos R$ 665 até aqui contabilizados, o cidadão que optasse pelo táxi no lugar do carro próprio ficaria livre de multas, zona azul, estacionamentos e, no caso de uma batida no trânsito, ter de pagar a franquia do seguro. No total, segundo o levantamento, o custo mensal com carro próprio chega a R$ 1.900. Com corridas de táxi a despesa seria de aproximadamente R$ 1 mil - economia de R$ 900.
    Existem outros aspectos que contam a favor do táxi em relação ao carro próprio, como a possibilidade de não precisar se preocupar com o trânsito, não perder tempo em busca de vaga para estacionar e poder falar ao celular sem receio.
    O analista de sistemas Marco Aurélio Vasconcelos Brandi, 48, desfez-se do segundo carro da família e garante não ter se arrependido da decisão. Há cinco anos as chaves do único automóvel da casa ficam com sua mulher, Leila, que faz uso do carro para levar e buscar os filhos na escola, fazer compras de supermercado etc.
    ''Dirijo mais nos fins de semana'', disse Brandi. ''De segunda a sexta chamo um táxi quando preciso ou, muito de vez em quando, pego carona com a Leila.'' 
    O estudo da Cefipe foi realizado há três anos, com o objetivo de mostrar que na maior parte das vezes ter um segundo carro na garagem não é vantajoso para as famílias se deslocarem em centros urbanos como São Paulo. Atualizados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) , os valores devem receber acréscimo de 15%.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Procuradores do Trabalho discutem regulamentação da profissão de caminhoneiro

Brasília (DF), 4/4/2011 - Nesta segunda-feira (4), em Brasília, os procuradores do Trabalho Adélio Justino Lucas e Mônica de Macedo Guedes Ferreira participaram de reunião com a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal. O objetivo do encontro é discutir a necessidade de regulamentar a atividade de motorista em suas várias modalidades, além do problema dos acidentes de trânsito.
Na reunião, o procurador Adélio Lucas pôs em questão a jornada de trabalho extenuante a qual estão expostos os motoristas de caminhão. O procurador informou ainda que o Ministério Público do Trabalho (MPT) tem trabalhado em prol da adequação da jornada de trabalho à legislação desde 2007.
Segundo o procurador, o MPT vê a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) como órgão importante na implantação da regulamentação da jornada de trabalho dos caminhoneiros.

Adélio Lucas ressaltou as condições de trabalho em que vivem esses trabalhadores, que muitas vezes fazem uso de anfetaminas e até mesmo de cocaína, para conseguir seguir com suas viagens.  Para Adélio, essa é uma das principais causas de acidentes de trânsito entre a categoria.
O procurador disse que a ANTT e a Confederação Nacional de Transportes estão com audiência marcada no MPT para tentar chegar a um acordo sobre a regulamentação da jornada de trabalho dos caminhoneiros.

Fonte: MPT

terça-feira, 29 de março de 2011

PRF está sob novo comando

A Polícia Rodoviária Federal tem novo comando. A superintendente da PRF no Paraná, inspetora Maria Alice Nascimento Souza, socióloga e policial há 26 anos, passa a responder interinamente pela instituição.
Nesta segunda-feira (28), Maria Alice Souza, durante reunião realizada na sede da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília (DF), lembrou que sempre assumiu novos cargos em situações delicadas, e reconheceu a importância do desafio por ser a primeira comandante geral de uma polícia com alcance nacional.



“Fui a primeira motociclista policial do Brasil. A primeira superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal. Ser também a primeira diretora geral desta instituição é uma honra, mas também enorme responsabilidade”, admitiu Maria Alice.

Pedido de exoneração - Na manhã desta segunda-feira, o inspetor Hélio Cardoso Derenne entregou ao Ministro da Justiça pedido de exoneração do cargo de diretor geral da PRF. Após oito anos no comando da instituição, Derenne foi responsável pelo ingresso de mais de 4 mil agentes nos quadros da Polícia Rodoviária Federal. No entanto, os números de efetivo somente atingiram as marcas que a PRF detinha em 1996.

“Há 15 anos, a Polícia Rodoviária Federal tinha o mesmo número de servidores que dispomos hoje. O grande problema é que neste período, a malha viária sob responsabilidade da PRF cresceu 77% e a frota de veículos em circulação aumentou 134% “, apontou Derenne.

Fonte: DPRF

quarta-feira, 16 de março de 2011

Estrada para a Cidadania


Educando os motoristas do futuro
Programa escolar realizado pelas concessionárias AutoBAn e NovaDutra em cidades vizinhas das rodovias operadas por elas.
(Informação recolhida no portal das duas concessionárias)
AutoBAn
Iniciado em 2002, o Programa Estrada para a Cidadania tem o objetivo de vencer o grande desafio de preservar vidas, reduzindo cada vez mais os índices de acidentes no trânsito.
Metas
· Formar pedestres e futuros motoristas mais conscientes de suas responsabilidades.
· Diminuir o número de acidentes no trânsito.
· Incutir valores como respeito, responsabilidade e solidariedade no dia-a-dia do aluno.
· Conquistar mudanças de hábitos e de comportamentos relacionados ao respeito às regras e leis de trânsito.
· Estimular os alunos para que transmitam as regras e valores aprendidos à família e a toda comunidade.
· Conscientizar o aluno, por meio da elevação da auto-estima, sobre a importância da preservação da vida.
Público-alvo
Alunos e professores de 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental das escolas municipais de 17 cidades da área de abrangência do Sistema Anhangüera-Bandeirantes. A família e a comunidade também estão envolvidas no desenvolvimento desse trabalho.
Material pedagógico
O material é composto pelo livro do aluno e livro do professor, que são distribuídos gratuitamente a todos que participam do Programa. Dinâmico, com histórias que retratam o cotidiano, jogos e ilustrações atrativas, o livro do aluno leva as crianças a aprenderem brincando.
O livro do professor traz informações e sugestões de atividades para serem trabalhadas em cada capítulo. Possibilita ao professor realizar um trabalho interdisciplinar, ou seja, estabelecer a relação de conceitos e valores do trânsito com as demais disciplinas do currículo escolar.
Além das atividades voltadas para os alunos há também uma atividade por capítulo dirigida à família. O objetivo é proporcionar maior integração entre as pessoas da casa como também o de conscientizá-las sobre os cuidados que devem ter no trânsito.
Dinâmica de atuação
O material do Programa Estrada para a Cidadania é aplicado pelos professores em aulas semanais durante todo o ano letivo.
Mensalmente os professores participam de encontros de capacitação promovidos pela AutoBAn, que proporcionam motivação e sensibilização sobre o tema. A troca de experiências é constantemente estimulada.
Municípios envolvidos
Americana, Caieiras, Cajamar, Cordeirópolis, Franco da Rocha, Hortolândia, Itupeva, Jundiaí, Limeira, Louveira, Monte Mor, Nova Odessa, Osasco, Santa Bárbara D’Oeste, Sumaré, Valinhos e Vinhedo – Municípios situados na área de abrangência do Sistema Anhangüera-Bandeirantes, trecho sob administração da AutoBAn.

Projeto incentiva denúncias contra motoristas embriagados

A Câmara analisa o Projeto de Lei 196/11, do deputado Sandes Júnior (PP-GO), que obriga as empresas concessionárias de rodovias federais e estaduais a instalar placas de orientação aos usuários para denunciar motoristas com sinais de embriaguez.

Segundo o projeto, a placa deverá conter o número da Polícia Militar Rodoviária Estadual, da Polícia Rodoviária Federal ou do telefone de emergência da concessionária, conforme o caso. Deverá trazer também a frase "denuncie motoristas com sinais de embriaguez".

O projeto determina ainda que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) instale as placas em vias sem concessão pertencentes à União e aos estados. O Denatran será responsável pela fiscalização e pelas despesas decorrentes da medida.

Redução de acidentes
Sandes Júnior explica que o objetivo é reduzir os acidentes nas rodovias brasileiras pavimentadas, que somam mais de 720 por dia. Ele cita dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), segundo os quais o prejuízo para o País com esses acidentes é de R$ 22 bilhões por ano.
De acordo com o parlamentar, uma maneira de reverter a situação é incentivar a sociedade a colaborar com a polícia. "A massificação do instrumento de denúncia é uma forma moderna de comunicação entre os motoristas e a polícia, e ajudaria na rápida identificação do motorista que apresentar sinais de embriaguez", diz.

Em 2010, o ex-deputado Francisco Rossi apresentou projeto de lei com o mesmo conteúdo (PL 7725/10), que foi arquivado ao final da legislaturaEspaço de tempo durante o qual os legisladores exercem seu poder. No Brasil, a duração da legislatura é de quatro anos.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivoRito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: - se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); - se, depois de aprovado ou rejeitado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário.  pelas comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Programa para reduzir acidentes no trânsito tem 72% dos recursos bloqueados

Os feriados nacionais costumam deixar um saldo elevado de acidentes nas rodovias estaduais e federais que, em geral, acontecem por conta da imprudência dos motoristas no trânsito, sobretudo, pelo consumo  de bebidas alcoólicas. Para tentar reduzir a mortalidade, a gravidade e o número de acidentes no país, o governo federal dispõe do Fundo Nacional de Segurança e Educação no Trânsito (Funset), cujo orçamento previsto para este ano chega a R$ 690,9 milhões. No entanto, R$ 494,2 milhões (72%) sequer chegarão a ser usados, já que estão na chamada reserva de contingência, que auxilia a formação do superávit primário do governo federal, necessário para o pagamento dos juros da dívida.
O congelamento dos recursos não é fato novo. Desde 2003, pelo menos um terço da verba prevista no Funset foi contingenciada. Assim, dos R$ 3,1 bilhões previstos em orçamento neste período, pouco mais de R$ 1 bilhão esteve bloqueado, não podendo ser aplicado no fomento de projetos de redução de acidentes. Os recursos efetivamente desembolsados ao longo dos últimos oito anos somaram R$ 863,6 milhões, em valores corrigidos pela inflação.

Para especialistas, chuva e aumento da frota não explicam número de mortes nas estradas

A imprudência, a chuva e a quantidade crescente de veículos nas estradas brasileiras contribuíram para o aumento de 47,9% no número de mortos nas estradas federais durante o Carnaval deste ano, mas não são as únicas causas da tragédia que se tornou o trânsito brasileiro. A opinião é de especialistas ouvidos pela Agência Brasil logo após a divulgação, hoje (10), do balanço final da operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Para o pesquisador do Centro de Formação em Transportes da Universidade de Brasília (UnB) Flávio Dias, a legislação de trânsito brasileira precisa ser modernizada, principalmente no que diz respeito à responsabilização do Poder Público pelos acidentes de trânsito, a exemplo do que já ocorre em países como Chile, Argentina, Estados Unidos e Canadá.

“Lógico que há motoristas imprudentes, mas em um país com tantas estradas mal projetadas, pessimamente pavimentadas e mal sinalizadas, o que ninguém discute é a responsabilidade do Poder Público. Em países mais sérios, o governo é o primeiro a responder pelos acidentes e, por isso mesmo, os governantes tratam a questão com maior seriedade”, afirmou Dias à Agência Brasil.

Dias concorda que, em tese, o aumento da frota de veículos implica em um maior risco de acidentes. Para ele, contudo, isso só confirma que as leis brasileiras necessitam ser revistas com a participação de especialistas. “Existem soluções para resolver o problema, mas os governantes não atentam para elas."

Professor do Departamento de Geotecnia e Transportes da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Orlando Fontes Lima Júnior concorda que, quanto mais carros houver nas estradas, maior será a probabilidade de acidentes, principalmente em dias de chuva, como foram os do último Carnaval. Para ele, no entanto, isso não é suficiente para explicar o elevado número de mortes nas estradas brasileiras.

“A morte está mais relacionada ao atendimento médico rodoviário que é disponibilizado. Tanto que, logo após a privatização de algumas rodovias, o número de mortos nestas estradas diminuiu”, disse Fontes.

Segundo o coordenador do Núcleo de Estudos de Segurança no Trânsito da Universidade de São Paulo (Nest-USP), professor Antonio Clóvis Pinto Ferraz, quando considerada a proporção entre quilômetro rodado e número de mortes, a situação brasileira "é uma tragédia", chegando a superar em 14 vezes o mesmo resultado obtido por países desenvolvidos.

“A fiscalização é insuficiente, os valores das multas são pequenos e não estamos investindo o suficiente em educação para o trânsito. Deveria ser criada uma agência nacional para cuidar especificamente da segurança no trânsito. Porque os órgãos que hoje cuidam do tema não o estão fazendo adequadamente”, criticou Ferraz.

A Agência Brasil procurou o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para comentar as críticas dos especialistas, mas ainda não obteve retorno.

Fonte: Portal UOL Notícias

Marcos Musafir: O motorista brasileiro se acha um super-homem

O Carnaval de 2011 foi o mais violento nas estradas federais brasileiras desde que se começou a fazer balanços de acidentes. Foram 213 mortes — é como se um Boeing 787 tivesse caído e matado todos os seus passageiros. Pesquisador de violência no trânsito e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia , o médico Marcos Musafir defende mais fiscalização e revela que os acidentes nas ruas e estradas são responsáveis por boa parte dos atendimentos ortopédicos no País.

— Qual é o impacto do trânsito nos atendimentos ortopédicos?

— Em média, 85% de pacientes politraumatizados sofreram algum acidente de trânsito. No Estado do Rio, as emergências recebem cerca de 90 pessoas por dia com traumas provocados no trânsito.

— O números são assustadores, não?

— Se nada mudar até 2020, a primeira causa de mortes no mundo será o trânsito. Nosso maior desafio é convencer as autoridades de que o trauma no trânsito é evitável e merece investimentos de prevenção. Precisamos de mais ações concretas como melhoria das vias, educação e fiscalização. O poder público tem que ser chamado à responsabilidade para garantir a segurança nas ruas e estradas.

— Os acidentes hoje são mais fatais?

— No ambiente urbano, diminuiu o número de lesões porque há menos acidentes. Mas, quando eles acontecem, são bem mais graves por causa da alta velocidade. O motorista se acha um super-homem. Ele não se toca de que tem uma arma nas mãos.

Fonte: O Dia Online

Deputado quer restringir propaganda de cerveja

O número de mortes no trânsito em rodovias federais no Brasil aumentou em 47,9% neste carnaval se comparado ao mesmo período no ano passado.  Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, 213 pessoas morreram no trânsito e 4.165 acidentes foram registrados.  Os altos índices de morte nas estradas, todos os anos, revelam que o Brasil não tem conseguido avançar na redução de acidentes no trânsito. E o que fazer para reduzir essas tragédias?

O álcool é considerado um dos maiores vilões do trânsito. Uma solução apontada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para diminuir o número de vítimas nas estradas é reduzir o marketing de bebidas alcoólicas. Restringir propagandas de bebidas na TV e outras mídias é, segundo a organização, uma estratégia eficaz para combater os efeitos nocivos causados pelo incentivo ao consumo de bebidas.

Nesse sentido, na próxima semana, será protocolado na Câmara um projeto de lei para restringir a publicidade de cerveja e chope no Brasil. A proposta – que deve enfrentar um forte resistência por parte da indústria do setor e do mercado publicitário – propõe incluir na Lei 9.294/96 (que dispõe sobre restrições à propaganda de cigarros e bebidas como cachaça, vodka e uísque) restrições para propagandas de bebidas com teor alcoólico inferior a 0,5 graus.

“A restrição da publicidade de bebidas alcoólicas é a medida mais eficaz apontada pela OMS para reduzir o índice de mortalidade de jovens no trânsito. No Brasil, 75% dos acidentes fatais de trânsito estão associados ao uso de álcool. Hoje, 85% do mercado de bebidas no Brasil é a cerveja. Não tem porque não restringir a propaganda de cerveja”, afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), autor da proposta que será apresentada na próxima semana.

As cervejas têm, em sua maioria, teor alcoólico em torno de 5%. Se aprovada, a proposta, entre outras coisas, proibirá a propaganda de cerveja nas emissoras de rádio e televisão no horário das 6h às 21h. O projeto também obriga que sejam publicadas junto com a divulgação do projeto advertências sobre o consumo abusivo de cerveja.

De acordo com a Constituição, em seu art. 22, inciso 29, somente o Congresso pode impor restrições ou legislar sobre a publicidade. O art. 220 da mesma norma estabelece que compete à lei federal estabelecer meios legais à pessoa e à família para que possam se defender de programas e propagandas que possam ser nocivos à saúde. O artigo estabelece ainda que a propaganda comercial de tabaco e bebidas alcoólicas está sujeita a restrições legais.

Segundo Pimenta, tramitam na Câmara cerca de 40 projetos que dispõem sobre restrição de propagandas de bebidas alcoólicas. Entre eles, o PL 2.733/2008, de autoria do Executivo, que tramita apensado ao PL 4.846/1994. A proposta, que tem texto semelhante ao do projeto de Paulo Pimenta, está parada no Congresso há quase três anos. “Precisa de uma decisão do colégio de líderes e colocar o tema na ordem do dia. Tem que ter essa decisão política. Para isso precisa ter pressão”, defendeu Pimenta.

Crônica da morte anunciada
Na tribuna da Câmara nesta semana, Pimenta criticou a posição da mídia que, ao analisar a violência no trânsito, não estabelece conexão com a publicidade de bebidas alcoólicas. “Mostrei, por exemplo, o editorial de um jornal, que falava que a violência nas estradas é tragédia nacional, e na mesma página tinha uma propaganda de cerveja e uma propaganda de carro. Exatamente a combinação principal responsável pelo aumento no número de morte no trânsito. É uma crônica da morte anunciada”, criticou.

Segundo a OMS, por ano, cerca de 2,2 milhões de mortes prematuras ocorrem por causa do uso de álcool. De acordo com o estudo da organização, a redução do impacto do marketing, sobretudo entre os jovens e adolescentes, reduz o uso nocivo do álcool. O organismo internacional  argumenta que “o álcool se comercializa mediante técnicas publicitárias e de promoção cada vez mais sofisticadas, que vinculam, por exemplo, marcas de álcool a atividades desportivas e culturais”.

“Essa orientação da OMS foi assinada por 193 países, sendo que o Brasil foi signatário. Não há como o Congresso ignorar essa medida”, diz Pimenta. O parlamentar relembra que, em 1996, quando foi votada a lei para restringir a publicidade do cigarro, uma forte pressão da indústria da cerveja alterou o artigo da lei, mantendo restrição para propagandas apenas para bebidas com teor alcoólico acima de 13 graus Gay Lussac (unidade de medida que quantifica o nível de álcool na bebida).

Em 2003, uma nova tentativa de incluir na legislação brasileira restrições à propaganda de cerveja também foi feita. Na época, artistas, atores de TV, esportistas, cantores e outros representantes da sociedade ocuparam o Salão Verde da Câmara para pressionar contra a medida. O setor da publicidade e a indústria da cerveja consideram que medidas para regularem anúncios de bebidas alcoólicas “ferem a liberdade de expressão”.
Fonte: Blog Dependência Química


Gastos com acidentes chegam a R$ 1 bilhão

Gazeta Digital

Um bilhão de reais foi gasto em Cuiabá e Várzea Grande em consequência da violência no trânsito registrada entre os anos de 2004 e 2010. A estimativa dos custos por acidente, que envolve socorro, danos a veículos, atendimento hospitalar e previdência social, feita pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), quantifica as grandes consequências da direção imprudente adotada por motoristas. Em uma década, 9.280 pessoas morreram por violência no trânsito em Mato Grosso, situação que coloca o Estado em 2ª posição no ranking brasileiro, divulgado pelo Ministério da Justiça.

A estatística aponta o índice alarmante de 36,2 vítimas no trânsito para cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto a taxa de homicídio é de 31,8 vítimas para cada 100 mil habitantes. No ranking nacional, Mato Grosso fica atrás apenas do Tocantins, que tem taxa de 37,6 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

O secretário da Sesp, Diógenes Curado, diz que a diminuição nos índices de acidente no trânsito passa por uma política de Governo. Ele diz que no Gabinete de Ação Integrada do órgão discute-se, entre várias esferas de poder, quais as necessidades para oferecer segurança a motoristas e pedestres. Segundo ele, na Capital o custo estimado de gasto por causa da violência chegou a R$ 800 milhões e, em Várzea Grande, R$ 200 milhões em um período de 6 anos.

Conforme a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o custo por acidente de trânsito com feridos é estimado em R$ 17 mil e quando há ocorrência de vítimas, pode chegar a R$ 144 mil. O preço é amargo para as famílias e, em boa parte, poderia ser evitado com comportamento preventivo. Setenta por cento dos acidentes têm como uma das causas a imprudência.

"Vamos reativar a Companhia do Trânsito dentro do Batalhão da Polícia Militar e em 4 meses os agentes devem estar nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande", garante Diógenes.
O gestor diz que os trabalhos serão compartilhados com a equipe do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran). No entanto, não soube informar quanto são os servidores destinados para o trabalho.

Para evitar o tragédia, que é visível rotineiramente nas ruas, como o acidente que matou de uma só vez 5 pessoas esta semana na rodovia que dá acesso a Chapada dos Guimarães, o presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, diz ser necessário investir em educação e para isso foi lançada a campanha "Trânsito Consciente pra Vida Seguir em Frente". Mas, diz que não pode ser deixada de lado a engenharia de trânsito e fiscalização. "Durante apenas 1 dia aplicamos 1.980 multas em Cuiabá em 20 blitzes realizadas".

Infração livre - Na Capital, a necessidade de fiscalização constante esbarra em falta de pessoal e de vontade política. Existem apenas 60 agentes de trânsito, atualmente, para dar conta da vigilância e autuação do comportamento imprudente de motoristas. Além disso, no rol da fiscalização, estão os radares eletrônicos, inativos na cidade e que são causa de polêmica entre os motoristas. Na opinião dos gestores, Diógenes Curados, Teodoro Moreira e do gestor da Secretaria Municipal de Transporte Urbano (SMTU), Edivá Alves, os dispositivos são essenciais e devem voltar. Há lei federal prevendo a instalação, mas no momento, o assunto depende de vontade política do prefeito Chico Galindo (PTB), que deve abrir licitação para aluguel dos radares.

O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas de Violência, Heitor Geraldo Ryes, diz que as pessoas não querem multa, mas exigem mais segurança no trânsito. Na opinião das pessoas que perderam entes nas estradas, além das condições de estradas e de fiscalização, é necessário o respeito pela vida dos outros e a condenação justa de quem comete crimes. "Os parentes reclamam principalmente da impunidade, demora muito para ser julgado e temos casos que cestas básicas pagam uma vida".

Falta de estrutura - Além da ausência de fiscalização, Edivá admite que a cidade está em colapso e a situação só tende a piorar se nada for feito. "Cuiabá tem índice alarmante e condição física preocupante".
Segundo o secretário, para cada veículo emplacado existe 1,8 habitante. Ele compara que a proporção é menor do que em países da Europa, onde para cada pessoa já corresponde um veículo. Porém, afirma que a situação aqui é pior.

Edivá diz que a área coletiva, que seria disponível ao fluxo de veículos, não ultrapassa 25% em Cuiabá, enquanto em países como Portugal e França há mais espaços disponíveis para o trânsito e estacionamento. "A propriedade privada é maior que a coletiva".
Ele cita ainda que hoje 40% das ruas da cidade não têm asfalto, o que faz concentrar ainda mais o fluxo de veículos em rodovias asfaltadas. "Precisamos de infraestrutura, porque isso é um problema histórico em Cuiabá".

Educação - Na contramão dos gastos com a violência no trânsito, o Detran investe R$ 1,8 milhão em uma campanha de conscientização, que tem como garoto propaganda o pentacampeão de motocross estilo livre, Gilmar Flores, o Joaninha. O objetivo é percorrer as 10 maiores cidades do Estado fazendo distribuição de panfletos, realizando palestras e shows com o esportista. São elas: Cuiabá, Tangará da Serra, Rondonópolis, Alta Floresta, Barra do Garças, Primavera do Leste, Cáceres, Diamantino e Sinop. O público-alvo são jovens entre 20 e 29 anos, que mais são vítimas da violência urbana. O presidente do Detran destaca que o primeiro quesito importante é trabalhar com a direção defensiva junto aos motoristas, que atravessam o sinal vermelho ciente da infração, mas sem consciência dos riscos que pode causar.

Fórmula dos índices de mortos

Segundo a Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP) o “Índice de Mortos” é calculado com base na seguinte formulação:

Em que:
IM - Índice de Mortos;
M - número de mortos no local;
VDM - volume diário médio de veículos;
E - extensão do trecho (km);
N - número de dias do período.
A partir do cálculo nas principais rodovias concessionadas do Estado de São Paulo tem-se os resultados apresentados na tabela e na figura abaixo.


Tabela 1: Índice de mortos (IM) nas principais rodovias do Estado de São Paulo, por concessionárias

Fonte: ARTESP

Figura 1: IM nas concessionárias do Estado de São Paulo


 
Municípios paulistas

Tabela 1: Mortes, frota e índice de mortes por 100mil veículos para alguns municípios do interior paulita no ano de 2007 (inclui rodovias e vias urbanas)


Fontes: *DATASUS   **DENATRAN
 
 


Brasil e regiões


O gráfico a seguir mostra a evolução do número de mortes em razão dos acidentes de trânsito no Brasil de 1996 até 2009. Cabe aqui salientar que os valores para os anos de 2008 e 2009 são  dados preliminares.

Evolução do número de mortes no trânsito no Brasil entre 1996 e 2009

Fonte: SIM/SVS/Ministério da Saúde

Os gráficos a seguir mostram a situação da segurança, por meio do índice de mortes em relação à  frota de veículos, nas regiões brasileiras e em seus respectivos Estados, no ano de 2007.


Fontes: DENATRAN (frota) e DATASUS-Ministério da Saúde (mortes)



Fontes: DENATRAN (frota) e DATASUS-Ministério da Saúde (mortes)


Fontes: DENATRAN (frota) e DATASUS - Ministério da Saúde (mortes)



Fontes: DENATRAN (frota) e DATASUS - Ministério da Saúde (mortes)

Fontes: DENATRAN (frota) e DATASUS - Ministério da Saúde (mortes)



Fontes: DENATRAN (frota) e DATASUS - Ministério da Saúde (mortes)