terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Consumidor vai opinar na fase de desenvolvimento

Folha de São Paulo
Após fabricação de carro com a opinião de internautas, fabricantes acreditam na compra do carro ''sob encomenda''
    Para os fabricantes, o consumidor não deve existir apenas na hora da compra: ele deve participar também da elaboração do produto. Essa parceria deve se tornar cada vez mais frequente nos próximos anos, quando os carros serão feitos quase que ''sob encomenda''.
    O Fiat Mio, carro-conceito apresentado no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, em outubro, é exemplo disso. Foi o primeiro automóvel criado com a participação de quase 2 milhões de internautas de 150 países. Os brasileiros foram os mais participativos, com 65% das mensagens enviadas.
    ''O Fiat Mio difere dos carros-conceito anteriores pelo fato de ser o resultado de um grande volume de contribuições'', diz Carlos Eugênio Fonseca Dutra, diretor de Planejamento e Estratégia do Produto da Fiat. ''Seus conceitos fundamentais são tendências que estarão cada vez mais presentes nos carros do futuro, como a alta eficiência energética e a interatividade entre os ocupantes e o mundo exterior, por meio de novas tecnologias de mídia.''
    Na opinião de Paulo Roberto Garbossa, professor do CEA (Centro de Estudos Automotivos), a tecnologia embarcada será cada vez maior.
    Ele lembra que, a partir de 2014, todos os carros produzidos no Brasil terão de sair de fábrica com air bag duplo e freios ABS, segundo decisão do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito). ''Antes, esse itens só constavam em carros de luxo.''

    NOVIDADES
    ''Quando compra um carro, o consumidor quer que tenha algo diferente, nem que seja um adesivo'', explica Garbossa. A customização é uma tendência que deve se firmar nos próximos anos não apenas no segmento de luxo. ''O consumidor quer se diferenciar da multidão, quer mais identificaçãoentre ele e o seu carro'', diz Dutra, da Fiat.A solução para quem tem, digamos, um gosto mais ''peculiar'' é colocar novos itens, mas guardar os originais -como jogo de rodas.''Tem gente que só compra o que é fácil vender depois'', diz Sergio Reze, presidente da Fenabrave (federação das concessionárias). (TR e CR)

Nenhum comentário:

Postar um comentário